quarta-feira, 15 de julho de 2020

Reflexões sobre o autismo e discalculia no processo de ensino e aprendizagem



André Luiz Alvarenga de Souza

professorandrealvarenga@gmail.com


Dr. h.c. em Ciências da Educação, pela University Emill Brunner, Flórida U.S.A





Introdução



O estudo aborda o tema relacionado às dificuldades de aprendizagem, especialmente, no tocante à produção de saberes na área do ensino e aprendizagem da matemática, utilizando-se das dificuldades do aprendizado em matemática por autistas com a comorbidade discalculia, utilizando-se da metodologia de revisão bibliográfica de base descritiva argumentativa.

O interesse dos estudantes, em certas disciplinas de um currículo escolar, possibilita um maior desenvolvimento dos mesmos de maneira motivada, apresentando um comportamento mais aceitável,
consequentemente, propiciando um rendimento elevado acerca de sua aprendizagem, conforme aponta Amaral (2011), isto está relacionada diretamente com a existência ou não de dificuldades de
aprendizagem. 

No entanto, por estar diretamente interligadas à aprendizagem devem ser averiguadas circunstâncias em que o estudante apresente desmotivação, com sentimentos de incapacidade, exibindo rendimento diminuído e/ou dificuldade escolar, pois tais fatores se conformam como sinais de alerta preponderantes na identificação das dificuldades de aprendizagem. As dificuldades de aprendizagem ainda são interpretadas pelo viés da anormalidade, mas a inclusão escolar desses indivíduos com essas características, são vistas sob a égide da questão da anormalidade e se constitui, ainda, como uma problemática a ser enfrentada pela educação especial e inclusiva. 

As dificuldades de aprendizagem possuem origens diversas, porém geralmente se caracterizam pelas desordens manifestadas pelas dificuldades na aquisição de habilidades tais como: a fala, a escrita e o raciocínio. 

Estudos sistemáticos sobre dificuldade na aprendizagem da matemática introduziu o termo discalculia do desenvolvimento e o caracterizou como um distúrbio que afeta as habilidades matemáticas, causado, provavelmente, por uma deficiência específica das funções cerebrais, Wilson AJ, Revkin SK, Cohen D, Cohen L, Dehaene S (2006;2:20). 

Esta nomenclatura constituiu um foco para a atenção de pesquisadores, que o denominavam dificuldade de aprendizagem da aritmética, dificuldades específicas de aritmética ou ainda dificuldade de aprendizagem específica da aritmética. Essa variedade de terminologias era agravada pelas diferenças nos critérios de atribuição a categorias e consequente diagnósticos (DIAS, PEREIRA e BORSEL,2013).

Sendo assim, a discalculia é uma dificuldade de aprendizagem que contribui para o expressivo surgimento de barreiras neste campo de ensino (SANCHES, 2004).

Geralmente, a pessoa que possui discalculia exibem problemas com:

[...] tabuadas, sequência numéricas, dificuldades em distribuir os números em folha de papel, dificuldade em fazer soma, subtração, dividir e multiplicar, bloqueio em memorizar cálculos e fórmulas, dificuldade em distinguir os símbolos matemáticos, dificuldade em compreender os termos utilizados (PERETZ, et al; , 2013, p. 1).

As dificuldades da matemática podem também estar vinculadas até mesmo ao professor quando este não instiga suas habilidades prévias e, portanto ocasionam dificuldades no processo de aprendizagem desses estudantes.

Entre outros fatores, a relevância de aprofundar a temática em que oportuniza analisar as causas associadas às dificuldades de aprendizagem corrobora para que professores sintam-se informados e preparados para lidarem com estudantes com discalculia, proporcionando momentos que sejam prazerosos no contexto educativo a esses estudantes.

Constituindo, portanto, da aproximação e do incentivo constante do professor para com o estudante com dificuldades de aprendizagem e/o discalculia um fator essencial para superação dos problemas de aprendizagem na disciplina de matemática. Estes sinais de dificuldade de aprendizagem dos estudantes devem ser observados e estudados, a fim de verificar quais as situações que mais proporcionam tais fatores de riscos, procurando nortear os docentes por meio de estudos eficientes, associando estudos bibliográficos e de campo, fomentando uma melhor preparação dos profissionais para tais ocasiões.

Se faz preponderante salientar que professores que trabalham com o processo de aprendizagem de estudantes com dificuldades de aprendizagem, necessitam de uma formação continuada eficaz. A formação continuada tem muito a oferecer nesse processo, porque ajuda o professor a melhorar cada vez mais suas práticas pedagógicas e com isso apoiar os alunos na construção de conhecimentos, e não apenas no acúmulo de informações, França (2018).

Cabe demonstrar dentro deste estudo o ranking do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), divulgado em 2016, que é uma referência mundial quando o assunto é avaliação educacional e que nos dá um panorama da qualidade da educação brasileira bem como a questão das dificuldades de aprendizagem dos alunos brasileiros participantes deste estudo. Na última edição, a pesquisa analisou 70 países, incluindo o Brasil, destes, 35 eram membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O Brasil participou desta avaliação com 841 escolas e 23.141 estudantes de todas as unidades da Federação e no terceiro trimestre de 2016, os resultados foram divulgados, tendo o Brasil ocupado a colocação de 59º lugar em leitura, 63º em ciências e 65º em matemática. Quando fazemos a leitura da posição na disciplina de matemática, podemos observar que os problemas vão muito mais além do que a discalculia, tema central deste estudo.

Os dados apontam que o Brasil está muito aquém das grandes potências educacionais, como Cingapura, China e Finlândia. O ensino de matemática neste contexto não esgota o debate sob o enfoque deste estudo em tela, demonstra que a discalculia precisa ser revista nos contextos escolares e também a formação dos professores que transmitem o conhecimento matemático.

Dificuldades da aprendizagem 

O ensino fundamental, particularmente, é uma das principais fases, onde os estudantes estão em constante evolução, aprendendo novas maneiras de atuação, considerando-se, também, a sua posição
em vínculos afetivos com colegas, constituindo-se tais fatos como produtores de impacto e nem sempre realizados de forma facilitada.

Por outro lado, são necessárias essas constantes transformações na vida estudantil, que através das múltiplas maneiras de lidar com as adversidades, proporciona-se ao estudante uma melhor possibilidade de afrontamento a possíveis obstáculos, no decorrer da vida escolar.

Com isso, a aprendizagem perpassa todos os processos de desenvolvimento dos seres humanos, de modo que se aprende não apenas nas escolas, mas em todas e quaisquer situações cotidianas da vida. O aprender, segundo Fonseca (2015) nada mais é que uma experiência ou prática, possibilitada, principalmente, por meio das interações individuais e coletivas com o ambiente, que se constitui como item necessário e universal, atuando no desenrolar de funções psicológicas e culturais, além das humanas sendo que determinados indivíduos aprendem mais rapidamente que outros com mais ou
menos dificuldades. Szymanski (2012) evidencia que ‘dificuldades’, ‘distúrbios’ e ‘dificuldades de aprendizagem’ são alguns dos nomes que se apresentam, tanto na literatura científica quando no cotidiano escolar, para caracterizar as desordens manifestadas pelas dificuldades na aquisição de habilidades, como: a fala, a escrita, o raciocínio e, que inclui a capacidade matemática. Magalhães (2002, p.13) afirma existirem inúmeros fatores possíveis causadores de problemas ou distúrbios arrolados com a aprendizagem, dentre eles pode-se destacar os fatores orgânicos e os fatores ambientais: 

Fatores orgânicos: saúde física deficiente, falta de integridade neurológica. (sistema nervoso doentio), alimentação inadequada, etc. Fatores psicológicos: inibição, fantasia, ansiedade, angústia, inadequação à realidade, sentimento generalizado de rejeição, etc. Fatores ambientais: o tipo de educação familiar, o grau de estimulação que a criança recebeu desde os primeiros dias de vida, a influência dos meios de comunicação, etc. (MAGALHÃES. 2002 p. 13).

Complementando isto Souza (2013) salienta que as barreiras das aprendizagens educacionais não devem ser desvinculadas do objeto a aprender, uma vez que os obstáculos são fundamentados na existência de algo a ser aprendido caso não ocorra à aprendizagem. A dificuldade de aprendizagem nada mais é que uma disfunção significativa, afetando a compreensão de escuta, pronúncia, escrita e raciocínio lógico, apresentando-se em um grupo de indivíduos, de maneira heterogênea. Tais desorganizações em alguns casos são causadas por fatores intrínsecos ao sujeito, surgindo, provavelmente, de uma disfunção do Sistema Nervoso Central, perdurando, em alguns casos, no decorrer da vida da pessoa afetada (GOMES, 2010).

Silva et al. (2012) afirmam que, em estudos sobre esta temática, observa-se que as dificuldades relacionadas à aprendizagem envolvem um misto de fatores, não estando somente interligados a causas comportamentais. E uma vez que esses fatores interfiram na atuação do estudante, concomitantemente ao seu desenvolvimento sem que haja medidas eficientes para melhorar tais situações, as mesmas podem acabar prejudicando os estudantes, ocasionando problemas de ordem psicológica, ambiental ou orgânica, degradando a aquisição de conhecimentos, podendo até desmotivá-lo quanto ao processo de aprendizagem em si.

Amaral (2011) destaca que está sendo difundida incorretamente a expressão ‘dificuldade de aprendizagem’ por meio da qual, tanto pais quanto professores, referem-se à desatenção do estudante em sala de aula e, até mesmo, aos comportamentos de desobediência. No entanto, uma vez que se aprofundam mais nos saberes, percebe-se que esse não corresponde a um termo correto.  O autor define, ainda, que muitos consideram o ser humano como centrado apenas em ‘cabeça’, ‘na mente’, esquecendo-se de ponderar sobre a relevância presente no corpo em si, nas emoções e sentimentos, constituindo-se isso como um total equívoco. 

O mesmo Amaral (2011) assegura que as dificuldades na aprendizagem são consequências de disfunções que afetam o desempenho educacional do estudante, sendo de origens intelectuais, sentimentais ou neurológicas, interferindo negativamente em um ou mais sistemas psicológicos básicos, interligando a distinção da compreensão ou linguagem falada e escrita, onde se apresentam
dificuldades na escuta, na maneira de pensar, ler, discorrer, pronunciar ou em realizar cálculos exatos.
Pelo motivo de haver dificuldade em identificar e diagnosticar os estudantes que têm dificuldades de aprendizagem e distingui-los dos que têm tão somente distúrbios de aprendizagem, consensos têm sido inteiramente fundamentados em informações baseado na experiência no campo escolar segundo é ressaltado por Santos e Pereira (2015) quando expõe: 

Devido à dificuldade de se definir distúrbios de aprendizagem, as maiores partes dos levantamentos de prevalência baseiam-se em estimativas ou mesmo em “adivinhações” que se originam apenas em informações empíricas. A maior parte dos estudos que têm sido feitos sobre a prevalência de estudantes com distúrbios de aprendizagem tendem a incluir estudantes educacionalmente deficientes, bem como estudantes com distúrbios de aprendizagem que requerem métodos especiais de ensino para o seu desenvolvimento (SANTOS e PEREIRA, 2015. p. 373-374). 

Neste argumento, os processos cognitivos superiores são essencialmente humanos, englobando raciocínios, planejamentos e propósitos em seu desempenho comportamental, com isso, permitindo a ampliação da influência mútua propositada das pessoas, que absorve o que lhes é comunicado por meio do objeto da ciência e pesquisa. 

Os autores Santos e Pereira (2015), mencionados anteriormente se referem ainda que a motivação, um dos elos da aprendizagem, é caracterizada em cada sujeito, especifica e com certas atitudes, expondo o comportamento de aprender. É essencial averiguar as desordens dos educandos, sobretudo, as ocasionadas no desenvolvimento neurológico, pois tais medidas auxiliam na identificação do causador de retardamentos, propiciando uma maior oportunidade de correção e intervenções adequadas, assegurando aos estudantes uma melhor qualidade de ensino e vida (CAÇOLA; BOBBIO,
2010; MIRANDA; BELTRAME; CARDOSO, 2011). 

Dentro desse contexto, fazer um levantamento do que tem sido produzido em conhecimento científico sobre as dificuldades de aprendizagem, possibilita questionar os rumos que têm sido ofertados a essa questão, pensando outras formas de intervenção que não se pautem em medidas de exclusão, mas inclusão do estudante que apresenta tais dificuldades. 

É fato que, hoje em dia, existem poucas pesquisas sobre a discalculia, quando comparadas às pesquisas sobre dislexia e outros distúrbios, pessoas que sofrem de discalculia podem ser altamente dotadas intelectualmente e bem sucedidas em campos que não dependem das habilidades numéricas, (DIAS, PEREIRA, VAN BORSEL, 2013).

Discalculia

Descreveu Sabião (2018) que a discalculia é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. Essa dificuldade de aprendizagem não é causada por deficiência mental, má escolarização, dificuldades visuais ou problemas auditivos, e não tem nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência. Segue Sabião (2018) descrevendo que estudantes com discalculia possuem grande dificuldade de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros.

As dificuldades matemáticas configuram-se como uma das maiores dificuldades existentes na área escolar. 

Compreende-se que são as dificuldades conceituais recorrentes à Matemática inteiramente relacionadas aos problemas manifestados desde os primeiros anos do Ensino Fundamental, tornando-se uma problemática complexa com lacunas conceituais que podem se manifestar na discalculia em diversas formas como, a falta de raciocínio lógico matemático, o que implica inicialmente na dificuldade em resolver problemas que consideram as operações básicas e posteriormente se estendendo para conceitos que envolvem maior nível de abstração e generalização de algoritmos; nesse pensar Sanchez (2004) destaca ainda que dificuldades específicas na matemática podem ser decorrentes de problemas linguísticos que se manifestam na Matemática, problemas de atenção e de memória, bem como de dificuldades originadas no ensino inadequado ou insuficiente, que se configuram em agravantes para essa problemática. 

Esta objeção encontra-se ligada a numerações e cálculos.

Conforme Amaral (2011), geralmente, os estudantes que possuem a discalculia não reconhecem os sinais das operações algébricas, não sabendo como utilizá-los, muito menos como se enunciam os
problemas matemáticos. 

Com isso, não quantificam nem comparam, não possuindo um mínimo de noção das sequências numéricas (SALES, 2014).

Vale salientar, ainda, que para as pessoas que sofrem com essa dificuldade, a vida cotidiana também é interferida, pois a matemática se torna uma língua estranha, desconhecida, um alfabeto em desordem. 

Além disso, os estudantes afetados apresentam danos em suas habilidades sociais, no domínio cognitivo algébrico, aparentando, em alguns casos, uma imperfeição e instabilidade emocional, mas esses fatores não são paradigmas para rotular esses estudantes com inteligência abaixo da média, ocasionalmente, podendo surgir gênios em outras áreas, mesmo com esta dificuldade (CONSENZA, 2011). 

É essencial destacar que essa dificuldade não é ocasionada pela escassez de habilidades matemáticas, uma vez que muitos se empenham e não obtêm êxito na superação desse obstáculo. Os fatores de riscos para discalculia ainda possui mais necessidade de estudos principalmente no Brasil. Alguns autores supõem que sua causa esteja associada a disfunções de processos algébricos e em regiões cerebrais específicas desse processamento, porém, sabe-se que não é resultante de ensinamentos inadequados ou de retardos mentais (SALES, 2014).

Uma classificação apresentada nos estudos de Kosc (1974) engloba seis tipos de discalculia, afirmando que essas discalculias podem se manifestar sob diferentes combinações e unidas a outras
dificuldades de aprendizagem, como é o caso, por exemplo, de estudantes com dislexia ou dificuldade de concentração e atenção e hiperatividade. Estes subtipos dividem-se em:

Discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades matemáticas, os números, os termos e os símbolos; Discalculia practognóstica: dificuldades para enumerar, comparar, manipular objetos reais ou em imagens; Discalculia léxica: dificuldades na leitura de símbolos matemáticos; Discalculia gráfica: dificuldades na escrita de símbolos matemáticos; Discalculia ideognóstica: dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos; e Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos. 

É importante salientar que a discalculia pode manifestar-se em estudantes aparentemente inteligentes, potencialmente dotados de capacidades em diversas áreas do conhecimento. No entanto, o estudante com discalculia poderá aumentar todas as habilidades cognitivas imprescindíveis nas demais disciplinas escolares, mas possuir certa deficiência na matemática. 

De acordo Garcia (1998), a discalculia é uma dificuldade de aprendizagem evolutiva, não é causada por nenhuma deficiência mental, auditivas e nem pela má escolarização. Os estudantes que exibem esse tipo de dificuldade verdadeiramente não assimilam o que lhes são solicitados nos problemas matemáticos propostos pelos professores. A criança, adolescente ou jovem não se interessa pela atividade pelo simples fato de não compreendê-la. “A discalculia apresenta-se como uma imaturidade das funções neurológicas ou uma disfunção sem lesão” (BOMBONATTO, 2006. p.1).

Encontra-se na discalculia uma relação muito grande com a dislexia e disgrafia (problemas para formar símbolos) bem como em indivíduos com Autismo. Algumas características podem ser percebidas nos disléxicos, entre elas chama a atenção a que uma criança pode ser discálculo e também disléxico e autista. 

A discalculia afeta a socialização do estudante e o distancia de suas amizades, uma vez que possui dificuldades de se expor, de se expressar, geralmente possuem personalidade tímida, não são organizados, se mostram impulsivos e ou deprimidos e tais características contribuem para o diagnóstico e sua exclusão social involuntária.

Se considerarmos a dinâmica com que se faz o diagnóstico, não só da discalculia, mas dos distúrbios de aprendizado em geral, não existe um consenso ou padronização sobre parâmetros ou recursos de
identificação. O que se verifica, entretanto, é que, na maior parte desses estudos, a identificação se baseou em alguma forma de avaliação do professor, o que torna bastante pertinente levar-se em conta a capacidade desse profissional de julgar corretamente os sinais apresentados por seus estudantes (DIAS, PEREIRA, VAN BORSEL, 2013).

As difusões de informações relativas a essa dificuldade estão sendo divulgadas no Brasil de maneira lenta. Desse modo, muitos educadores não conseguem identificar, ainda, os estudantes que apresentam tal dificuldade dos que as não possuem. Além de que, essa disfunção pode se manifestar de forma tão sutil que, em alguns casos, é difícil diagnosticá-los nos primeiros anos do ciclo escolar (SALES, 2014).

Portanto, cabe aos profissionais da área de educação observar a aprendizagem desses estudantes, pois quando realizada essa por intermédio de uma rede interdisciplinar de equipes competentes e engajados, torna-se mais eficiente, proporcionando o apoio necessário ao educando. 

Há uma série de profissionais que estão habilitados a realizar ssas avaliações nas quais expõem as necessidades de enfrentamento dessa problemática passível, revelando diversas situações em que apresentam as desordens em diferentes áreas, oportunizando intervenções adequadas, buscando não apenas a normalidade dos sujeitos, mas sim os aproximando da faixa de currículo comum adaptado e flexível para todos, considerando sempre sua singularidade como características próprias dos mesmos.

Adequação do aluno e os desafios de enfrentamento Depreende-se que a adequação do aluno com deficiência intelectual, lide autismo, na escola se constitui como um fator de extrema importância para ele e seus pais e, nesse sentido, a contribuição de um professor mediador para o desenvolvimento emocional do educando é crucial para o desenvolvimento de todas as suas potencialidades enquanto ser humanos. O trabalho desse profissional diante da criança com tal deficiência vem de um aspecto bastante importante, que é a motivação. Trata-se de um processo de estímulo ao indivíduo para que uma determinada meta seja atingida, isto é, uma pessoa motivada tende a produzir mais, pois, de alguma forma, ela encontra satisfação na atividade que realiza.

Além do aumento de produção, um aluno com autismo que seja bem assistido tem seu número de faltas consideravelmente diminuídas, pois os pais são seus maiores incentivadores, apresentando pouca propensão de desinteresse. retende-se, então alicerçar os pilares do conhecimento acerca da temática proposta assegurando a importância da mediação e dos aspectos emocionais nos processos de ensino e aprendizagem entre os pais de alunos com autismo na perspectiva histórico cultural, sob a perspectiva de Lev Vygotsky. É nesse sentido que entrará o papel do professor como mediador, o dos pais como incentivadores e potencionalizadores para que as capacidades desses alunos de acordo com suas habilidades adquiridas possam se desenvolver em sua plenitude de direitos e deveres.

Autismo e a questão educacional

O autismo é um transtorno global do desenvolvimento infantil que se manifesta na primeira infância e se prolonga por toda a vida. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70 milhões
de pessoas no mundo são acometidas pelo transtorno, sendo que, em crianças, é mais comum que o câncer, a Áids e o diabetes. Caracteriza se por um conjunto de sintomas que afeta as áreas da socialização, comunicação e do comportamento, e, dentre elas, a mais comprometida é a inte-raçao social (SILVA, GAIATO e REVELES, 2012).

O autismo se caracteriza pela presença de um desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social e comunicação, assim como pelo repertório marcadamente restrito de atividades e interesses (GAUDERER, 2005). Os sintomas são na maioria dos casos muito graves e se apresentam tais como: gestos repetitivos, autodestruição, e às vezes até comportamentos agressivos, a fala e linguagem podem se apresentar de forma atrasada ou até ausentes, habilidades físicas reduzidas e um relacionamento anormal frente a objetos, eventos ou pessoas (GAUDERER, 2005). Silva, Gaiato e Reveles (2012) descrevem que a linguagem constituem os primeiros sinais de que o desenvolvimento de uma criança não está conforme o esperado e podem sugerir um funcionamento autístico. Assim como nas questões relacionadas à socialização, nos deparamos, aqui, com um espectro de alterações. Algumas crianças com autismo podem ter um excelente desenvolvimento da linguagem falada e, por vezes, emitem palavras perfeitinhas. As funções executivas se referem a um conjunto de habilidades que possibilitam ao indivíduo escolher ou se fixar em estratégias, resolver problemas e automonitorar seus comportamentos. Ao discutir o sobre autismo, Kanner (1943) citado por Baptista, Bosa & Colaboradores ( 2007) reconhece semelhanças entre a sua síndrome e a esquizofrenia infantil, mas defende a ideia de que deveria ser separada da mesma, definindo-a claramente como psicose em diferentes dos seus trabalhos públicados nas décadas de 1960 e 1970. Segundo Baptista, Bosa e Colaboradores (2007) as crianças com autismo têm dificuldade de planejar tarefas, de inibir respostas
irrelevantes, de controlar suas ações e de encontrar estratégias diferentes para resolver problemas, em vez disso, permanecem com os mesmos recursos ainda que eles não estejam funcionando. Assim, ele parte do pressuposto de que este quadro se caracteriza por autismo extremo, obsessivo, estereotipias e ecolalia. No estudo do comportamento da pessoa autista, durante muito tempo prevaleceu à noção de pessoas com autismo como sendo alheias ao mundo ao redor, não tolerando o contato físico, não fixando o olhar nas pessoas e interessando-se mais por objetos do que por outras pessoas ou, ainda, nem mesmo discriminando seus pais de um estranho na rua. A mídia e a literatura debruçaram-se sobre a imagem, do ‘gênio’ disfarçado, engajado em balanços do corpo e agitação repetitiva dos braços (BAPTISTA, BOSA e COLABORADORES, 2007). A troca de conhecimento propiciada pelo avanço da pesquisa e da facilidade de comunicação entre pesquisadores do mundo inteiro auxiliou a
transformar esse quadro. Segundo Baptista, Bosa & Colaboradores (2007, p. 178 ss):

[...] No que se refere ao comportamento social, à linguagem e à comunicação, não é difícil fazer sentido teórico desse achado estatístico, já que a linguagem abarca as outras duas áreas, de maneira que, sob o ponto de vista da interação social (comprometimento básico no autismo), fica difícil conceber a interação sem estar falando-se, ao mesmo tempo, em linguagem e comunicação (verbal ou gestual, pelo olhar, etc.).

Mostrar que a escola pode ser, de fato, um espaço de desenvolvimento da competência social para crianças autistas é ainda um grande desafio para os pesquisadores desta área, mas com muito estudo e aprofundamento no tema, pode-se chegar a algumas considerações importantes no tocante a pessoas enquadradas no espectro autista.

O professor de Matemática e o processo de ensino da Matemática no contexto da discalculia

As intervenções a desenvolver com estes estudantes são fundadas em análises adequadas dos casos de cada situação que englobam as dificuldades de aprendizagem; após descobertas as problemáticas, são possíveis à realização das estratégias apropriadas.  

Portanto, diante da exposição das diversas caracterizações referentes a dificuldades na aprendizagem, é factível a apresentação do envolvimento dos profissionais das áreas dos saberes psicológicos, psiquiátricos e psicopedagogos, abordando sobre as condutas estratégicas desenvolvidas para minimizar esses impactos sociais em sujeitos afetados (TEIXEIRA; ALLIPRANDINI, 2013). A elucidação satisfatória dessas problemáticas relacionadas ao desenvolvimento proporcionam intervenções congruentes, quando realizadas por profissionais competentes e quando pertinentes a cada situação Neste sentindo, serão abordadas, a seguir, as principais disfunções da aprendizagem (DUTRA, 2013).

Para que o professor consiga detectar a discalculia em um estudante é imprescindível que ele esteja atento à trajetória da aprendizagem desse estudante, principalmente quando ele apresentar símbolos matemáticos malformados, demonstrar incapacidade de operar com quantidades numéricas, não reconhecer os sinais das operações, apresentar dificuldades na leitura de números e não conseguir localizar espacialmente a multiplicação e a divisão.

Caso a dificuldade não seja reconhecida a tempo, pode comprometer o desenvolvimento escolar do estudante, que com medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem adota comportamentos inadequados, tornando-se, agressivo, apático ou desinteressado (DUTRA, 2013).

Estudos sobre a formação dos professores, Gomes (2006), contribuem para o prosseguimento dessas discussões sobre o conhecimento matemático desses profissionais da educação, outros autores que apesar das pesquisas, indicam que o ensino da matemática nos anos de ensino fundamental ainda é uma área que merece muita atenção. Na área de educação matemática, pesquisas revelam que os cursos como o de Pedagogia recebem pouco investimento na formação matemática dos futuros professores, sendo esta parte formativa abordada de forma rasa em alguns casos.

A pouca atenção que é dada aos conteúdos que são ensinados já que o foco nos cursos de licenciatura está tão somente em como ensinar. Ao considerar o ensino e a aprendizagem da matemática percebe-se que ainda existe o conservadorismo e isto colabora para que haja uma distância entre o conhecimento teórico e a prática no cotidiano dos estudantes (GOMES, 2006). 

O assunto aprendizagem na disciplina de matemática é relevante, pois abrange diversas áreas do conhecimento, têm dado as mãos para tentar entender e melhor explicar como se dá o processo de aprendizagem no ser humano, como também explicar a origem das dificuldades de aprendizagem no campo da matemática (BARBOSA, 2014).
-
Uma das indagações pertinentes a este tema é porque cresce cada vez mais o número de estudantes com dificuldades na matemática no Ensino Fundamental? Considerando que a aprendizagem é fator de aprimoramento da espécie humana, portanto é um processo contínuo, a proposta não é trazer nem um método, mesmo porque seria contraditório, mas propor uma séria discussão e reflexão a respeito da importância na educação de ensino fundamental para incentivar os estudantes a aprender matemática (SILVA et al., 2012). 

A preocupação primordial na formação de educadores é a construção da reflexão crítica sobre a realidade na qual atuam e que se faz na relação teoria e prática. Neste contexto é preciso voltar o olhar de forma crítica e reflexiva, compreendendo que para enfrentar os desafios da educação é preciso de acordo com Lins,

[...] a prática da reflexão sobre a prática vivida e concebida teoricamente, são abertas perspectivas de futuro proporcionadas pela postura crítica mais ampliada, que permitem perceber os problemas que permeiam as atividades e as fragilidades da prática (LINS, 2010. p. 27).

As transformações das práticas docentes só se efetivarão se o professor ampliar sua consciência sobre a própria prática e produzir novos conhecimentos para a teoria e a prática de ensinar. Ressalta Lins (2010) que a motivação dos estudantes se apresenta como um desafio para os professores, uma vez que tem que criar estratégias para que os estudantes internalizem os conceitos que lhes serão transmitidos. 

Nesta direção, as atividades realizadas em sala de aula devem objetivar também o desenvolvimento de habilidades dos estudantes no seu cotidiano diário. É sabido que a matemática está inserida na sociedade, e a partir disso o professor poderá desenvolver estratégias que beneficie estímulo á aprendizagem da matemática ao estudante, conscientizá-lo de que a matemática faz parte da sua vida e que a partir desse saber os estudantes poderão tirar proveito de situações benéficas a eles nos comparativos diários que podem formular através de vivencias próprias. Discutir o ensino de Matemática ainda é um desafio, há muitas abordagens sobre a formação docente e as lacunas na formação matemática desses profissionais, SANTOS (2013).

Ainda diante o ensino de matemática por parte dos professores ao seu alunado, cabe pontuar que

[...] o ensino de Matemática, assim como a maioria das disciplinas em um ambiente escolar, já passou por transformações ao transcorrer do tempo. Por isso cada vez mais se discute a necessidade de contextualizar o ensino do cálculo, da disciplina e aproximá-lo dos alunos, pois, exceto por alguns problemas cotidianos como compras, pagamento e troco, na maioria das vezes, a Matemática continua sendo tratada de modo totalmente afastado do espaço escolar, e, portanto, dos alunos. Neste processo há que se rever a maneira como o ensino desta disciplina é transmitido aos alunos e como isto é visto por eles. SANTOS (2013).

Logo é imprescindível que professores comprometidos com a educação tenham subsídios e informações acerca dessa problemática relacionada á discalculia e a qualidade de formação do docente e, pesquisem, deixem a sua zona de conforto, para realizar seu trabalho com competência e segurança necessárias para conquistar a qualidade da educação tão esperada por parte da sociedade, VILLAR (2017).

Considerações finais

A discalculia é um distúrbio provavelmente tão frequente como outros distúrbios de aprendizagem e associado ao Autismo, pode ser ainda mais difícil a compreensão do aluno neste contexto e que vem recebendo mais atenção atualmente. Os professores, teoricamente, são os profissionais que podem colaborar com a identificação precoce e realizar as intervenções educacionais necessárias. O estudo, no entanto, mostra que o tema não é suficientemente abordado na formação dos professores e que estes ainda que não têm domínio suficiente sobre as suas características, sentindo-se inseguros para lidar com os diferentes distúrbios apresentados por cada aluno.

Deve ser dada atenção individualizada a cada estudante sempre que possível, é necessário à realização de contatos particulares com cada estudante, pois cada estudante necessita em específico de um olhar diferenciado e dedicação do professor de maneira particular a suprir a sua necessidade de aprendizagem potencializando suas perspectivas no processo do aprendizado, trazendo realmente o aluno para a aprendizagem de forma que seja prazeroso aprender matemática.

Assim, entre outras ideias pertinentes que os professores poderiam usar para que em seu dia a dia na tarefa de ensinar matemática pudessem obter maiores resultados, estaria o estímulo no ambiente escolar com os materiais, diversidade de atividades, quanto maior o foco de atenção dos estudantes para a disciplina, melhor será o desempenho dos mesmos, utilizando-se para tanto algumas opções de atividades tais como Quebra-cabeça, jogos de damas adivinhação matemática, etc.

É preponderante dizer sobre também as inteligências múltiplas que os Autistas possuem, sendo assim se bem explorados podem se sair muito bem. Além disso, a discalculia nem sempre está relacionada com aspectos matemáticos e cálculos simples ou complexos, pois os estudantes também podem ter problemas com as atividades cotidianas ou jogos comuns. Cabe ao professor ter todo o cuidado no direcionamento dessa rotina, para que ela não venha a reforçar valores autoritários, os quais provocariam um distanciamento na relação entre professor e estudante, dificultando todo o processo emocional e de aprendizagem e também a dificuldade da percepção de complicações por parte do professor em relação ao estudante ter a discalculia como uma comorbidade do Autismo. Contudo, apresenta se a necessidade de maiores estudos a respeito da discalculia como uma comorbidade do Autismo e processos que viabilizem a aprendizagem dos estudantes identificados com tal diagnóstico,
potencializando seus saberes e os estimulando-os de outras formas de saberes.


Referências

AMARAL, S. A. T. Dificuldades de aprendizagem: uma realidade no contexto escolar. 2011. Disponível em: http://revistadaesab.com/?p=326. Acesso em: 19 de set de 2019.
ANTUNES, C. As inteligências múltiplas e os seus estímulos. Porto: Edições ASA. 2005. Disponível em: https://www.educare.pt/opiniao/artigo/ver/?id=12073&langid=1. Acesso em 19 de set de 2019.
AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes. 1982.
AAVV. MANUAL DE ESTRATÉGIAS. Proyecto de Inteligencia de Harvard, CEPE. Madrid, 1995. Disponível em https://www.orientared.com/articulos/harvard.php. Acesso em 19 de set de 2019.
BARBOSA, C. F. F. Dislexia: dificuldades de aprendizagem na escola. 2014. Monografia (Pós-Graduação em Educação) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Paraná, 2014.
BAPTISTA, Carlos Roberto. BOSA, Cleonice &Colaboradores. Autismo e educação: reflexões e propostas de intervenção. Artmed. Porto Alegre. 2007.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988 
Butterworth B. Dyscalculia screener: highlighting pupils with specific learning difficulties in maths Age 6 –14 years. London, nferNelson Publishing Company Limited; 2003.
CAÇOLA, P.; BOBBIO. T. G. Baixo peso ao nascer e alterações no desenvolvimento motor: a realidade atual. Ver. Paul. Pediatr, v. 28, n. 1, p. 70-6, 2010.
- 172 - 
CONSENZA, R. M. Neurociência e educação: como o cérebro aprender. A fileira dos números. Porto Alegre: ARTMED, 2011.
CURY, Edda. Formação de professores polivalentes: uma análise dos conhecimentos para ensinar matemática e das crenças e atitudes que interferem na constituição desses conhecimentos. Tese de Doutorado. PUC/SP. São Paulo. 2014. 
DIAS. Michelle de Almeida Horsae; Mônica Medeiros de Britto Pereira; Jonh Van Borsel. Avaliação do conhecimento sobre a discalculia entre educadores. 2013. Artigo original, Programa de Pós-graduação (Mestrado Profissional) em Fonoaudiologia, Universidade Veiga de Almeida - UVA - Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Res. vol.18 no.2 São Paulo Apr./June 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S231764312013000200007. Acesso em 19 de set de 2019. 
DOLZ , J. e SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita. Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In: Gêneros Orais e escritos na escola. Campinas (SP): Mercado de Letras. 2004.
DUTRA, A. C. M.; GHEDIN, I. M.; GHEDIN, L. M.; NICOT, Y. E. Processos cognitivos: considerações acerca das dificuldades de aprendizagem. Revista Areté, Manaus, v. 6, n. 10, 2013.
FONSECA, V. Papel das funções cognitivas, conativas e executivas na aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica. Rev. Psicopedagogia., v. 31, n. 96, p. 236-53, 2015. 
FRANÇA Luiza – 2018: Formação continuada e sua importância para manter o corpo docente atualizado https://www.somospar.com.br/aformacao-continuada-e-a-sua-importancia-para-manter-o-corpodocente-atualizado. Acesso em 31 de out de 2019.
GARCIA, José N. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 
- 173 - 
GARDNER, H. Frames of Mind: the theory of multiple intelligences. London: Fontana Press. 1993. Disponível em: https://www.educare.pt/opiniao/artigo/ver/?id=12073&langid=1. Acesso em 19 de set de 2019.
GAUDERER, E. C. Autismo e outros atrasos do Desenvolvimento: Uma atualização para os que atuam na área do especialista aos pais. São Paulo: Sarvier, 2005.
GOMES, A. D. S. et al. Contribuições para uma melhor identificação da Dislexia no ambiente escolar. Revista da ABPp, São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.abpp.com.br/artigos/106.htm. Acesso em: 19 de set de 2019.
KOSC, Ladislav. Developmental dyscalculia. Journal of Learning Disabilities, v. 7, p. 164-177, 2014. 
LINS, Romulo Campos; GIMENEZ, Joaquim. Perspectivas em aritmética e álgebra para o século XXI. 7. ed. São Paulo: PAPIRUS, 2010.
KANNER, L. (1943). Affective disturbances of affective contact. The Nervous Child, 2, 217 - 250. 1943.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. 1º e 2º ciclos. Brasília.1997. MEC, Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/33571 Acesso em 31 de out de 2019.
MIRANDA, T. B; BELTRAME, T. S.; CARDOSO, F. L. Desempenho motor e estado nutricional de escolares com e sem dificuldade do desenvolvimento da coordenação. Ver. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum., v. 13, n. 1, p. 59-66, 2011.
PACHECO, J; PACHECO, M. F. A Escola da Ponte sob múltiplos olhares: palavras de educadores, alunos e pais. Porto Alegre: Penso, 2013.
- 174 - 
PERETZ C, Korczyn AD, Shatil E, Aharonson V, Birnboim S, Giladi N. Computer-Based, Personalized Cognitive Training versus Classical Computer Games: A Randomized Double-Blind Prospective Trial of Cognitive Stimulation. Neuroepidemiology 2011; 36:91-9. Disponível em: https://www.cognifit.com/br/pathology/dyscalculia. Acesso em 19 de set de 2019.
SABIÃO, Rosilene Martins. Discalculia: dificuldades no ensino e aprendizagem da matemática. Artigo. 2018. Disponíveis em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/discalculia. Acesso em: 19 de set de 2019.
SALES, M. S. Discalculia no cotidiano escolar: análise na formação inicial do pedagogo. 2014. Monografia (Especialização em: Práticas Pedagógicas Interdisciplinares) - Universidade Estadual da Paraíba, Paraíba, 2014. 
SANTOS, Camila da Cruz e Djalma Gonçalves Pereira. Discalculia: um distúrbio ainda desconhecido. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. Disponível em: https://www.uniube.br/eventos/epeduc/2015/completos/40.pdf. Acesso em 19 de set de 2019.
SANTOS, Laís. A Discalculia na perspectiva de professores das séries iniciais de uma escola da rede municipal de Paranavaí-PR. 2014. 35p. Monografia (Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2013.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa; GAIATO, Mayra Bonifácio; REVELES, Thadeu. Mundo Singular. Entenda o autismo. Fontanar. Objetiva. Rio de Janeiro. 2012.
SILVA, et al. Percepção dos professores do ensino fundamental sobre as dificuldades de aprendizagem. 2012. Artigo de conclusão de curso de Letras da UNI – FACEF. 2012.
- 175 - 
TEIXEIRA, A. R.; ALLIPRANDINI, P. M. Z. Intervenção no uso de estratégias de aprendizagem diante de dificuldades de aprendizagem. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 17, n. 2, 2013.
VIEIRA, E. Dificuldades na aprendizagem da matemática: número e discalculia. Revista Ciências e Letras, n. 35, p. 109-119, 2014. Disponível em http://www.ufjf.br/ebrapem2015/files/2015/10/ EBRAPEM_trabalho.pdf. Acesso em 19 de set de 2019.
VILLAR José M. G. Discalculia na sala de aula de Matemática: um estudo de caso com dois estudantes-Dissertação de Mestrado - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS Pós-Graduação em Educação Matemática Mestrado Profissional em Educação Matemática, 2017.
ZENHAS, A., Silva, C; Januário, C., Malafaya, C., Portugal, I. Ensinar a estudar Aprender a estudar. 4. ed. Porto: Porto Editora. 2002. Disponível em: https://www.educare.pt/opiniao/artigo/ver/ ?id=12073&langid=1. Acesso em 19 de set de 2019.
SZYMANSK, M. L. S. Dificuldades de aprendizagem (DA): doença neurológica ou percalço pedagógico? B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 38, n. 3, 2012.
WILSON A.J.; Revkin S.K.; COHEN D.; COHEN L; DEHAENE, S. An open trial assessment of “The Number Race”, an adaptive computer game for remediation of dyscalculia. Behavioral and Brain Funct. 2006;2:20.
______. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental. Brasília. 1998.
______. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. Ensino Médio, bases legais. Brasília.1999.
- 176 - 
______. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática Ensino Médio. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília. 2002. 

terça-feira, 14 de julho de 2020

Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista




ARTIGO ORIGINAL

CARPENTER, Peter [1], SOUZA, André Luiz Alvarenga de [2]

CARPENTER, Peter. SOUZA, André Luiz Alvarenga de. Doença mental em adultos com
distúrbios do transtorno do espectro autista. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 05, Ed. 07, Vol. 01, pp. 112-127. Julho de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de
acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/doenca-mental

Contents

RESUMO
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
ANSIEDADE E NEUROSES
TRANSTORNOS DE HUMOR
ESQUIZOFRENIA
DROGAS E ÁLCOOL
ANOREXIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
NOTAS DO TRADUTOR
REFERÊNCIAS

RESUMO

Existem poucos estudos de qualidade, mas todas as indicações são de que a doença mental  é um problema comum em pessoas com distúrbios do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A Ansiedade e transtorno de humor são comuns, além de paranoia, mas há problemas para avaliar a fenomenologia da condição das pessoas com (TEA). A esquizofrenia não parece ser  mais comum em pessoas com (TEA). Sugestões são feitas para avaliação e tratamento de doenças mentais comórbidas. Devido às limitações de comprimento, este artigo se concentrará sobre os chamados problemas funcionais de saúde mental de pessoas com TEA, e não ira considerar o papel da epilepsia, TDAH, a síndrome de Tourette e também síndromes Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista ou disfunções sensoriais na saúde mental das pessoas com TEA, nem considerará a agressão a si ou aos outros em qualquer detalhe, mesmo sendo muito comum. O objetivo central deste estudo se deu pela relativa falta de literatura e orientações disponíveis sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em adultos. A pergunta norteadora desse estudo se baseia nas discussões que ainda ocorrem na Inglaterra e se o TEA em si que pode ser classificado como uma doença mental. Isso é mais frequentemente discutido em situações em que ter uma doença mental pode permitir a detenção sob a Lei de Saúde Mental. A metodologia empregada neste estudo foi a de estudo de casos múltiplos, e de levantamentos bibliográficos, considerado também como uma pesquisa exploratória com técnicas quantitativas e qualitativas para interpretação dos dados colhidos. Chega-se a conclusão de que precisamos que os pesquisadores forneçam estudos de caso em longo prazo de história natural de pessoas com TEA que foram diagnosticadas com esquizofrenia ou outras psicoses, e o uso de várias intervenções como aconselhamento e Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), para que se construam políticas públicas adequadas a essa parcela da população. Este estudo teve a colaboração, em sua tradução do Idioma Inglês para o Idioma Português-BR do Prof. MsC André Luiz Alvarenga de Souza da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS Brasil, Doutorando em Educação, com o projeto de pesquisa O Acesso e Permanência do Estudante com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas Universidades Públicas do Centro Oeste do Brasil. Este artigo teve sua escrita em dezembro de 2007 pelo Psiquiatra Dr Peter Carpenter.

Palavras-chave: Necessidades de Saúde Mental, dificuldades de aprendizagem, dificuldades intelectuais, autismo, síndrome de asperger.

INTRODUÇÃO


Uma das frustrações para apoiadores e cuidadores de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é a relativa falta de literatura e orientações disponíveis sobre esse transtorno em adultos com (TEA). Os únicos livros substanciais são os de Ghaziuddin (2005) e Matson (1989) e, caso contrário, existem alguns livros capítulos sobre o assunto por exemplo, (Howlin, 2004; Tantam, 1991) e um panfleto produzido pela National Autistic Society (Deudney, 2004). Berney (2004) também discute as questões de diagnóstico e manejo.


Devido às limitações de comprimento, este artigo concentrará sobre os chamados problemas funcionais de saúde mental de pessoas com TEA, e não ira considerar o papel da epilepsia, TDAH, a síndrome de Tourette, síndrome ou disfunções sensoriais na saúde mental das pessoas com TEA. Nem considerará a agressão a si ou aos outros em qualquer detalhe, mesmo sendo muito comum (Billstedt et al, 2005).

Uma das discussões que ainda ocorrem na Inglaterra é se o TEA em si que pode ser classificado como uma doença mental. Isso é mais frequentemente discutido em situações em que ter uma doença mental pode permitir a detenção sob a Lei de Saúde Mental. A maioria dos psiquiatras agora parecem estar se movendo para a conclusão de que o TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento e não uma doença mental em sua por direito próprio, mas se a pessoa for persistentemente agressiva ou tiver doenças mentais adicionais, elas podem estar sujeitas à lei.

Há boas evidências de que pessoas com TEA são mais propensas do que outras a ter necessidades adicionais de saúde mental. É menos claro o que são. Assim, em duas pesquisas nacionais de pessoas com TEA, cerca de 30% das pessoas com TEA são relatadas como tendo problemas de saúde mental. Em uma pesquisa, 56% deles haviam sintomas depressivos e 8% possuíam ideação suicida ou tentaram suicídio (Bernard et al., 2001).

No outro (Mills e Wing, 2005) 50% disseram que eles tiveram problemas adicionais com ansiedade. O acompanhamento em longo prazo de crianças por Billstedt et al (2005) descobriram que ‘a psicose tinha sido diagnosticada em 6,7% com 10% de desenvolvimento de catatonia e além disso, 16% regrediram durante a puberdade.

Os adultos que frequentam clínicas psiquiátricas têm uma taxa mais alta, Nylander e Gillberg (2001) encontraram que pelo menos 1,4% das pessoas que frequentam um ambulatório atenderam aos critérios para TEA, assim como 3,2% dos participantes de um tratamento do centro de deficiências psiquiátricas graves.

Em pessoas com TEA que procuram um psiquiatra o mais comum são dificuldades publicadas em estudos de caso que parecem estar relacionadas à ansiedade e distúrbios afetivos (Howlin, 2004). Tantam (2003) encontrados em adolescentes e adultos nos quais ele diagnosticou o TEA, 22% já tinha um diagnóstico passado de ansiedade, 20% de depressão, Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista 17% de TOC e 10% de esquizofrenia.

Contudo, a revisão de Tsakanikos et al (2007) de 137 adultos atendidos em seus serviços psiquiátricos com TEA a dificuldade de aprendizagem teve uma incidência inversa, com 16% se enquadrando no ‘transtorno do espectro da esquizofrenia’, 7% no transtorno depressivo e 4% no transtorno de ansiedade. Isso pode refletir uma diferença no diagnóstico em diferentes níveis de habilidades.

É compreensível que pessoas com TEA possam ser mais propensas a algumas formas de doença mental. As dificuldades em processar os padrões subjacentes do mundo e entender as ações dos outros, podem resultar em distúrbios relacionados à ansiedade e como estressores para outros problemas de saúde mental.

No entanto, pode ser difícil avaliar doenças mentais em pessoas com TEA. Um dos motivos é que eles geralmente não consideram relevantes alguns aspectos para dizer se às pessoas como eles estão se sentindo (Stewart et al, 2006).

A comunicação não verbal limitada também pode torná-lo difícil para os outros captarem a expressão de uma pessoa com TEA e o que eles estão sentindo. Uma pessoa pode sorrir continuamente mesmo quando esta se sentindo deprimida ou pode continuar com seu padrão cara de ‘panela morta’, quaisquer que sejam suas emoções por dentro. Além disso, uma falta de expressão espontânea pode causar suspeita de ter depressão ou esquizofrenia quando não o fazem. Além disso, quando questionados, muitos não têm o vocabulário emocional para descrever as emoções que estão sentindo.

Depressão pode ser chamada de dor de cabeça ou ansiedade chamada de ‘vermes no estômago ‘, o que pode levar a erros de interpretação.

Quando questionada, a pessoa pode ser mais literal e concreta nas descrições de suas experiências: ‘Você ouve vozes?’ – ‘Sim, o tempo todo’ [eu não sou surdo, é claro que posso ouvir o que as pessoas estão dizendo]. “Você consegue ler os pensamentos dos outros?” – ‘Sim eu posso diga que uma pessoa está pensando em se levantar pouco antes de sair da cadeira; Eu posso dizer que uma pessoa está com fome quando vai para um lanche]. Como Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista resultado, é muito importante conseguir que alguém descreva suas experiências e dar exemplos, ao avaliá-las.

Pessoas com TEA parecem ter um senso interno de auto redução e acham mais difícil identificar os seus pensamentos.

Essa é uma experiência comum em idade escolar ‘normal’ nas crianças, mas não é esperado em adultos. Crianças pequenas comumente falam seus próprios pensamentos em voz alta e aprender a internalizá-los como eles amadurecem. A consequência disso no TEA é que uma pessoa pode achar mais difícil identificar seus pensamentos obsessivos ou outros pensamentos próprios, especialmente se forem pensamentos indesejáveis e dizem que pertencem a outra pessoa, levando a um diagnóstico de psicose.

Mesmo que a pessoa descreva suas experiências internas com precisão, eles podem ser mal interpretados. Adultos com TEA às vezes descrevem experiências que em crianças seriam vistas como ‘normal’, mas em adultos são frequentemente interpretados como psicóticos.

Para exemplificar, eles podem descrever ainda ter amigos imaginários – sendo capazes de conjurar a imagem visual de uma pessoa e conversar com ela, ou para se comunicar com alguém em sua cabeça. Em uma criança isso não seria visto como psicótico, mas em adultos é fácil interpretar como alucinações ou delírios de telepatia.

Algumas pessoas com TEA lidam com o mundo fazendo uma modelo e operando o modelo para explicar o que vai acontecer no mundo. Portanto, uma pessoa atribuiu a todos que conheceu um papel em um programa animal – atribuindo às pessoas o papel de ‘raposa’, ‘coelho’, ‘coruja’, ‘burro’ e assim por diante. Isso também é fácil de interpretar de certo modo como evidência de uma doença mental ilusória.

Outra característica das pessoas com TEA é que elas geralmente pensam visualmente (Hurlburt et al., 1994). Assim como muitas pessoas com TEA que não estão doentes descrevem verbos raros e fugazes alucinações; portanto, adultos com TEA podem descrever alucinações visuais fugazes.

Outra característica da doença mental no TEA é que muitas vezes associado á regressão Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista acentuada ou comportamento desafiador, que pode dominar a imagem e mascarar o objeto subjacente da doença mental pré-existente na pessoa com TEA.

O efeito dessas dificuldades na avaliação da saúde mental de pessoas com TEA é que qualquer pessoa que o faça precisa reunir informações de várias fontes e perspectivas, e ao entrevistar esse indivíduo deve levá-lo a dar exemplos de suas experiências e seus próprios sentimentos sobre suas experiências pessoais.

DESENVOLVIMENTO

ANSIEDADE E NEUROSES

A ansiedade é uma experiência universal nas pessoas. No entanto, ele faz parece ser maior em pessoas com TEA (Gillott et al, 2001) e pode causar dificuldade no sono levando esses indivíduos a terem um sono ruim (Tani et al, 2004).

Metade dos entrevistados em uma pesquisa listou a ansiedade como um transtorno mental.

O problema de saúde (Mills e Wing, 2005), em outra pesquisa mostra que 30% foram considerados como satisfazendo os critérios de ansiedade generalizada e desordem mental (Shtayermman, 2006), no entanto, com menos frequência apresenta como motivo para encaminhamento a psiquiatras.
Tantam (2003) lista a ansiedade como o diagnóstico passado em 22% daqueles que ele diagnosticou com TEA. Howlin (2004) em sua revisão de relatos de casos cobrindo 200 casos encontraram apenas cerca de 15% diagnosticados com ansiedade.

Tsakanikos et al (2007) descobriram que 4% das pessoas em sua clínica com dificuldades de aprendizagem e TEA tinha ansiedade.

Ansiedade generalizada pode ser difícil de tratar diante como a pessoa pode estar reagindo a uma falta de estrutura no mundo que é impossível mudar. No entanto, trabalhos de relaxamento, tempo de relaxamento e iniciar uma rotina estruturada com previsibilidade Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista para o dia pode ser útil. Tratamento farmacológico com antidepressivos com efeito ansiolítico pode ajudar em alguns casos, como os benzodiazepínicos.

Fobias específicas, como a fobia de cães, são comuns em adultos com TEA e podem ser tratados com dessensibilização se a pessoa quer perder a ansiedade neste quesito. Geralmente são as pessoas em torno de quem quer que a pessoa perca o medo, ao invés de pessoa afetada que a influencia a isso.

Isso pode ser feito sem a colaboração ativa da pessoa como, por exemplo, a operação por exposição lenta e gradual, se a fobia não refletir uma sensibilidade subjacente (como uma pessoa sensível ao som sendo assustada com um latido de cachorro), mas é necessário a ética, pois o sujeito pode sabotar o plano.

Ansiedade no desempenho social (Gillott et al, 2001; Bellini, 2006) e fobia ocorre nos mais capazes que têm uma visão sobre suas diferenças e estão preocupados com a ‘adaptação’.

A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e farmacológica convencional bem como outros tratamentos pode ser útil neste grupo.

O distúrbio mais comum, que não seja generalizado em ansiedades específicas, é a obsessões e compulsões como um distúrbio (TOC). No passado, minha impressão é que os médicos eram relutantes em diagnosticar o TOC em TEA, com base em rituais e rotinas que faziam parte do diagnóstico do TEA (DSM IV, American Psychiatric Association, 1994).

Contudo, há uma sensação muito diferente dos rituais, rotinas, e estreitos interesses e estereotipias de uma pessoa com TEA que está usando por prazer ou auto estimulação ou para relaxar, e as ansiedades e obsessões agravadas pelo estresse e compulsões que uma pessoa com TEA pode sofrer. Em um estudo olhando para pessoas com TEA com um QI o serviço de atendimento ao autismo no Hospital Maudsley, mostrou que 25% desses indivíduos foram diagnosticados com TOC e com comorbidades (Russell et al, 2005).

Os mais capazes descrevem uma gama semelhante de obsessões e compulsões como pessoas com TOC sem TEA, exceto as pessoas com TEA eram menos propensos a relatar contagens ou pensamentos sobre doença somática como obsessão ou compulsão. A maioria das obsessões e compulsões comuns relatadas foram sobre agressão, contaminação, Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista simetria, verificação e limpeza (Russell et al., 2005).

No entanto, devido às dificuldades nas descrições de estados de saúde, o pensamento compulsivo é estrangeiro ou não Baron-Cohen (1989) sugeriu que é melhor descrever comportamentos como pensamentos e comportamentos repetitivos, e não como TOC. Isso é mais pertinente nos adultos menos verbais onde muitos dos pensamentos e comportamentos repetitivos observados são diferentes do que no TOC. Numa avaliação de pensamentos repetitivos e comportamentos em um grupo adultos menos verbais com TEA, McDougle et al. (1995) descobriram que acumular, tocar e prejudicar eram os três comportamentos repetitivos que ocorreram muito mais comumente no grupo com TEA do que em adultos com TOC, e apresentando menor incidência de repetição de pensamentos sobre simetria,
agressão, verificação ou contagem do que outros indivíduos com TOC.

O tratamento pode ser difícil, principalmente se a pessoa não estiver interessada em parar com suas obsessões ou compulsões. Geralmente as estratégias para reduzir o estresse e a ansiedade, diversão na sua configuração de limites, através de tratamentos com Clomipramine (Gordon et al, 1992) ou os antidepressivos ISRS podem ajudar muito. Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), como já mencionada anteriormente, pode ser tentada de maneira mais capaz, mas os terapeutas precisam reforçar pensamentos não obsessivos dentro da terapia para eliminar esta condição. Infelizmente existem poucas evidências publicadas sobre o uso da TCC em uma revisão nas crianças concluíram que havia pouca evidência boa para ou contra seu uso (White, 2004). No entanto, a impressão do autor é que pode ser útil às vezes e em um livro recente forneceu mais sugestões sobre isso (Paxton e Estay, 2007).

TRANSTORNOS DE HUMOR

A depressão é uma das doenças mentais mais bem documentadas em pessoas com TEA e parecem estar associados com histórico familiar de distúrbios afetivos (Bolton et al , 1998).

Como sempre, é difícil calcular a incidência de depressão em uma população ‘normal’ de pessoas com TEA. Stewart e Cols. (2006) revisaram a literatura e encontrou a incidência de depressão, o que descrevem é que encontradas por psiquiatras nas pessoas com TEA eles Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista viram uma variação, geralmente entre 10% e 33%.

Os adolescentes geralmente parecem deprimidos – quanto a isso é devido a hormônios, mudanças na vida ou relacionados ás suas dificuldades. Em sua pesquisa de 15 estudos de caso publicados, Stewart e Cols. (2006) descobriram que apenas um caso em que a pessoa relatou a eles que estava deprimida. Geralmente, a depressão parece ser diagnosticada somente quando o comportamento de uma pessoa muda, no momento de maneira formal o diagnóstico, dos comportamentos clássicos da depressão aparecem estar presentes com sono reduzido, apetite reduzido e perda de interesse e abnegação, aparência triste, lágrimas e retraimento.

Pode ocorrer agitação na depressão agitada e agressão e podem aumentar à medida em que a pessoa se torna mais irritável e intolerante com os outros tentando ajudá-la. Alguns podem perder acentuadamente habilidades de autocuidado – Gillberg (1985) relata um homem com TEA que tornar-se incontinente quando deprimido, e isso é algo bem reconhecido em pessoas com dificuldades de aprendizagem e TEA, que ficam deprimidos. Retardo psicomotor não é comum e pode refletir uma depressão grave ou movimento anterior a problemas de auto dano podendo ocorrer, pensamentos suicidas ou tentativa de suicídio (Stewart et al. , 2006).

Como afirmado anteriormente na pesquisa de Bernard et al . (2001), disseram que 8% de um grupo de sujeitos pesquisados haviam considerado ou tentado suicídio e, em uma outra pesquisa de Shtayermman (2006), 50% haviam experimentado ideação suicida significativa, salienta-se que o perigo é que a depressão não tratada desde o início, pode ser apenas diagnosticado após uma tentativa de suicídio.

Pessoas menos verbais e deprimidas parecem apresentar comportamentos de automutilação e gritos, bem como uma aparente depressão de humor, distúrbios do sono e perda de peso. A agitação pode mascarar qualquer tendência à retirada de alguma medicação (Perry et al,2001).

Minha experiência clínica pessoal é que, uma vez diagnosticada, uma pessoa com TEA ela responde tanto a antidepressivos quanto a qualquer outra pessoa sem esse transtorno. No entanto, uma vez que o humor melhora, pode haver um prolongado período antes de a pessoa voltar a se familiarizar com hábitos e sua rotina. Minha impressão é que a TCC para Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista depressão é raramente experimentada nos mais seriamente deprimidos, embora possa ser usada nas formas mais leves associadas ao estresse na vida (ver também Paxton e Estay, 2007), além da depressão maior, a instabilidade de humor é frequentemente relatada. Isso pode refletir a idade de desenvolvimento emocional da pessoa, mas não há como medir isso no momento.

Isso pode ser melhorado com o humor farmacológico diante ao padrão de estabilizadores usados no transtorno de personalidade borderline.

O transtorno bipolar com mania, também e considerado mais comum em pessoas com TEA (Tantam, 1991); Billstedt et al (2005) encontraram uma taxa de cerca de 3% nesses indivíduos.

Novamente, como na depressão, uma pessoa com mania raramente relata a mania, mas é captada por outras pessoas a sua volta como, por exemplo, seus familiares. Eu vi apenas uma pessoa com TEA que era maníaca feliz e eufórica. A maioria das pessoas que vejo são irritáveis quando estão no processo de manias, e em sua apresentação podem parecer como uma pessoa com depressão agitada com baixa concentração, sono ruim, capacidade reduzida de sentar-se para comer, irritabilidade e inquietação.

No entanto, é provável que a pessoa maníaca seja mais desinibida e mais sexualizada em seu comportamento com os outros, sendo mais falantes sobre coisas positivas e grandiosas em suas atividades diárias. Eles podem se tornar psicóticos no desenvolvimento de delírios e ter alucinações, que podem levar a um diagnóstico errôneo de esquizofrenia.

Estabilizador de humor e medicamentos antimaníacos parece para trabalhar bem neste grupo quanto no grupo que não é o do TEA.

ESQUIZOFRENIA

Enquanto ao TEA costumava-se ser chamado de esquizofrenia infantil, não há boas evidências de que a esquizofrenia seja significativamente mais comum em pessoas com TEA (Ghaziuddin et al, 1998; Volkmar e Cohen, 1991; Billstedt et al., 2005). Dado que a psicologia da esquizofrenia às vezes é modelada como uma perda de autoestima interna.

Monitorando pessoas com TEA, a percepção é que esses sujeitos parecem ter dificuldades em monitorar e reconhecer seus estados internos, isso pode parecer surpreendente. No entanto, uma pesquisa sobre a rara infância esquizofrenia inicial constatou que 25% dos casos atendiam às critérios para TEA infantil (Sporn et al, 2004) sugerindo que, a esquizofrenia ocorria em indivíduos propensos ao TEA no início de vida. Além disso, reconhece-se que as psicoses episódicas podem ocorrer nas pessoas, como por exemplo, o sair da escola, podem resultar em deterioração gradual (Bradley e Bolton, 2006).

Pessoas com TEA podem atender aos critérios de esquizofrenia na Entrevista Clínica (Konstantareas e Hewitt, 2001) e os sinais negativos de esquizofrenia se sobrepõem à sintomas do TEA (Frith e Frith, 1991). Diagnóstico de esquizofrenia exige que os sintomas de uma pessoa encontrem um conjunto claro de critérios, conforme demonstra o CID10 (OMS, 1992);

'O diagnóstico de esquizofrenia de acordo com a CID10 (OMS, 1992) requer um sintoma de um grupo (a – d) ou dois de outros grupos estar presente a maior parte do tempo por pelo menos um mês. (a) Eco do pensamento, inserção ou retirada do pensamento e difusão do pensamento./ (b) Delírios de controle, influência ou passividade, claramente referidos a movimentos do corpo ou dos membros ou pensamentos, ações ou sensações específicas; percepção ilusória.(c) Vozes alucinatórias, dando comentários contínuos sobre o comportamento do paciente, ou discutindo o paciente entre si ou outros tipos de vozes alucinatórias vindas de alguma parte do corpo. (d) Delírios persistentes de outros tipos que são culturalmente inapropriados e completamente impossíveis, como identidade religiosa ou política, ou poderes e habilidades sobre-humanos (por exemplo, poder controlar o clima ou estar em comunicação com alienígenas de outro mundo). (e) Alucinações persistentes em qualquer modalidade, quando acompanhadas de ilusões fugazes ou semi formadas, sem afeto claro conteúdo ou por ideias persistentes e supervalorizadas ou quando ocorrem todos os dias por semanas ou meses a fio. (f) Quebras ou interpolações na linha de pensamento, resultando em incoerência ou fala irrelevante ou neologismos. (g) Comportamento catatônico, como excitação, postura ou flexibilidade serosa, negativismo, mutismo e estupor. (h) Sintomas “negativos”, como apatia acentuada, falta de fala e embotamento ou incongruência das respostas emocionais, geralmente resultando em retirada Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista social e redução do desempenho social; deve ficar claro que estes não se devem a depressão ou a medicação neuroléptica. (i) Uma mudança significativa e consistente na qualidade geral de alguns aspectos do comportamento pessoal, manifestada como perda de interesse, falta de objetivo, ociosidade, atitude auto absorvida e retraimento social. CID10 (OMS, 1992).



Alguns adultos com TEA falam de amigos imaginários e, se questionados podem falar da capacidade de se comunicar mentalmente com seus amigos – isso pode ser interpretado como pensamento transmissão e inserção, mas raramente atende aos critérios de inquérito detalhado de diagnostico.

À medida que crescem a maioria das pessoas com TEA conhecem muito bem controle, ou seja, quem controla seu mundo e quem não controla, mas pode ser controlado por eles. Isso pode estar ligado à raiva de seus pais e a outras pessoas e, se mal comunicados, podem levar á falta de entendimento por outras pessoas.

Os pensamentos obsessivos também podem ter um efeito quase alucinatório, qualidade inserida quando a pessoa declara que ‘aquelas palavras’ que entram em sua mente não podem ser seus próprios pensamentos como eles são muito obscenos ou indesejados.

Outra experiência que muitos adultos com TEA descrevem com o pensamento obsessivo, está tendo um diálogo interno.

Esse diálogo interno pode ser interpretado como vozes alucinatórias fazendo comentários ou discutindo entre si.

Mas uma investigação cuidadosa mostrará que as vozes vêm de dentro da cabeça e não tem a qualidade de uma corrida de comentários nem vozes discutindo sobre como ‘ele / ela’ são. Uma das outras confusões é a capacidade das pessoas com TEA de desenvolver ideias bizarras sobre as características do mundo e segurá-los com tanta fixidez que tem a qualidade de uma ilusão, o que poderia levar a um diagnóstico de esquizofrenia.

Várias pessoas com TEA relatam espontaneamente alucinações visuais fugazes (algumas como navegando pelo céu), mas se eles são raros e fugazes, não merecem um diagnóstico Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista de esquizofrenia. O caminho que pessoas com TEA podem falar – com comentários tangenciais e explicações abreviadas que não contêm a informação que alguém precisa entender o que está sendo dito – pode imitar o distúrbio do pensamento. As estereotipias e sintomas catatônicos de algumas pessoas com TEA também podem levar a um diagnóstico incorreto de esquizofrenia.

Finalmente, outro recurso que pode levar a um diagnóstico incorreto de esquizofrenia é que, depois de sair da escola, uma pessoa com TEA pode recuar em seu quarto ou isolar-se socialmente como eles não têm uma estrutura de rotina diurna imposta a eles.

Isso pode ser interpretado como o declínio que ocorre em adolescentes com esquizofrenia, mas uma investigação cuidadosa descobrirá que não é o caso do TEA.

Entretanto, quando ocorre na esquizofrenia com TEA e suas psicoses podem ser diagnosticadas em vários casos e já estão descrito na literatura (Clarke et al., 1989).

Pessoas com TEA parecem mais propensas a reações psicóticas sob estresse. Como adultos com dificuldades de aprendizagem, podem ficar ‘fora de controle’ e merece o diagnóstico de psicose. No entanto, eles tendem a ser breves e responder à redução do estresse, incluindo uma resposta notavelmente rápida ao efeito tranquilizador de antipsicóticos antes que o efeito antipsicótico total tenha chance de entrar em vigor.

Curiosamente, na dúzia de casos que o autor já viu com esquizofrenia, a apresentação em pessoas há muitos anos a doença ainda era de não deterioração e da não perda de Habilidades. O único caso que conheci de um jovem adulto com TEA e esquizofrênico é que parecia ter um curso deteriorado com perda de habilidades, era um homem que resistia ao tratamento e cujo pai também tem esquizofrenia.

A paranoia como mecanismo de defesa mental é relativamente comum no TEA. Isso pode vir do isolamento social, e falta de entendimento dos motivos dos outros. Pode ser esmagadora e levar a um maior isolamento. O problema é frequentemente determinado quando isso mudou do ‘normal’ paranoia defensiva que vem com ser egocêntrico e isolado, por ser um ‘transtorno delirante’ segundo os critérios da CID10 (OMS, 1992). Isso geralmente depende da visão do médico, do terapeuta e do professor sobre quando a crença supervalorizada se Doença mental em adultos com distúrbios do transtorno do espectro autista tornou ilusória, o que aos tempos são difíceis dadas a rigidez de muitos estarem dentro do transtorno do TEA. Na prática esse diagnóstico geralmente depende da gravidade com que a paranoia afeta a vida da pessoa, o afeto emocional com que a pessoa investe na crença e na
necessidade de tratá-la ao invés da fenomenologia precisa das experiências, devido ao problema de obter uma boa descrição das experiências vivenciadas.

Esse estado parece ser mais bem tratado com redução do estresse (ISRS antidepressivos geralmente reduzem os níveis mais leves de paranoia) antipsicóticos nos casos mais graves, ambos combinados com a abreviação comportamental cognitiva.

DROGAS E ÁLCOOL

Muitos adultos com TEA se automedicam por sua ansiedade usando álcool ou outras drogas. Em pequenas quantidades, isso pode ser útil, mas alguns se tornam viciados e pode ser difícil ajudá-los, pois o álcool se torna uma rotina ou preocupação. Outra preocupação é também a vulnerabilidade da pessoa a usar indevidamente outras. A maioria dos serviços de bebidas alcoólicas não se envolve com bebedores a menos que a pessoa esteja motivada para parar e a Saúde Mental Act (DH, 1983) na Inglaterra exclui o abuso de álcool como única razão para deter alguém. A terapia de grupo usada na maioria das unidades de tratamento de álcool podem ser muito difíceis e estressantes para pessoas com TEA. A melhor maneira de ajudar parece ser obter aconselhamento regular destinado a envolver e desenvolver a motivação para mudar esse comportamento.

O autor conheceu várias pessoas com TEA que por tempos foram muito psicóticos enquanto fumavam maconha. Não está claro se pessoas com TEA são mais propensas á indução de cannabis, mas certamente não há razão teórica para que eles devam ser menos propensos a isso e, embora muitas pessoas com TEA encontrem na cannabis um relaxante útil, provavelmente é prudente, aconselhá-los a abster-se deles.

ANOREXIA

Há um aumento da incidência de TEA em pessoas com anorexia nervosa. O prognóstico nesse subgrupo é ruim (Nilsson et al, 1999). Alguns respondem à educação e incentivo à saúde, alguns podem negociar a manutenção de um peso definido, mas muitos o acham difícil deixar de se preocupar obsessivamente com peso e comer. O tratamento ao estilo do TOC pode ajudar, mas muitos são tão determinados a manter seu peso fixo ou não comer isso e o prognóstico permanece ruim.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As pessoas que apoiam outras pessoas com TEA precisam estar cientes das altas incidências de transtornos mentais adicionais. Avaliando estes sujeitos, implica com precisão a obtenção de um bom histórico de diferentes fontes e permitindo que a pessoa explique suas experiências tão completamente quanto possível. Este é um desafio. Além disso, as pessoas precisam ser capazes de trabalhar com a regressão emocional e comportamental isso é comum em indivíduos com a possibilidade de distúrbio mental. O tratamento em pessoas com TEA geralmente precisa de muita manipulação ambiental como medicamento farmacológico, terapias, professores de apoio, dentre outros processos para o desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades.

A medicação geralmente parece funcionar principalmente como um anti estressor.

Precisamos que as pessoas forneçam estudos de caso em longo prazo de história natural de pessoas com TEA que foram diagnosticadas com esquizofrenia ou outras psicoses, e o uso de várias intervenções como aconselhamento e TCC, para que se construam políticas públicas adequadas a essa parcela da população.

NOTAS DO TRADUTOR

Esta tradução e revisão foi realizada pelo Prof. MsC André Luiz Alvarenga de Souza, Doutorando em Educação na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (Br), ao longo do primeiro semestre de 2020
.
REFERÊNCIAS

AMERICAN Psychiatric Association (1994) Diagnóstico e Manual Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM IV) (4ª edição).

APRESENTAÇÃO da depressão no autismo e na síndrome de Asperger: a Reveja. Autism 10
103-16. Os dados foram analisados por meio de entrevistas semiestruturadas. e Porkka HT
(2004) Sono em adultos jovens com Asperger Síndrome. Neuropsicobiologia 50 147–52.

BARON-Cohen S (1989) As crianças autistas têm obsessões e compulsões? British Journal
Clinical Psychology 28 193–200.

BERNARD J, Harvey V, Potter D e Prior A (2001) Ignorado ou Inelegível? A realidade para
adultos com distúrbios do espectro do autismo. Londres: Sociedade Nacional Autista.

BERNEY T (2004) Asperger desde a infância até idade adulta. Avanços no tratamento
psiquiátrico 10 341–51.

BELLINI S (2006) O desenvolvimento da ansiedade social em adolescentes com distúrbios do
espectro do autismo. Foco no autismo e outros Deficiências do desenvolvimento 21138–45.

BILLSTEDT E, Gillberg C e Gillberg C (2005) Autismo após adolescência: estudo populacional
de 13 a 22 anos de acompanhamento de 120 indivíduos com autismo diagnosticado na
infância. Diário de Autismo e distúrbios do desenvolvimento 35 351–60.

BOLTON P, Pickles A, Murphy M e Rutter M (1998) Autism, transtornos afetivos e outros
transtornos psiquiátricos: padrões deagregação. Medicina Psicológica 28 385–95.

BRADLEY E; Bolton P (2006) Transtornos psiquiátricos episódicos em adolescentes com
dificuldades de aprendizagem com e sem autismo.

BRITISH Journal of Psychiatry 189 361–6. Clarke DJ, Littlejohns CS, Corbett JA e Joseph S
(1989) Pervasive distúrbios do desenvolvimento e psicoses na vida adulta. Britânico Journal
of Psychiatry 155 692–9.

DEPARTAMENTO de Saúde (1983) The Mental Health Act. Londres: HMSO.

DEUDNEY C (2004) Saúde Mental em Pessoas com Autismo e Síndrome de Asperger. Londres:
Sociedade Nacional Autista.

FRITH C e Frith U (2001) Afinidades eletivas na esquizofrenia e autismo infantil. In: PE
Bebbington (Ed) Psiquiatria Social: Teoria, Metodologia e Prática (pp65-88). Nova Brunswick:
Publicador de transações.

GHAZIUDDIN M, Weidmer-Mikhail E e Ghaziuddin N (1998) morbidade na síndrome de
Asperger: um relatório preliminar. Diário de Pesquisa sobre Deficiência Intelectual 42 279–83.

GHAZIUDDIN M (2005) Aspectos da saúde mental do autismo e Síndrome de Asperger.
Londres: Jessica Kingsley.

GILLBERG C (1985) Síndrome de Asperger e psicose recorrente: Um estudo de caso. Jornal de
Autismo e Distúrbios do Desenvolvimento 15 389-97.

GILLOTT A, Furniss F e Walter A (2001) Ansiedade em alto funcionamento crianças com
autismo. Autismo 5 277-86
.
GORDON CT, Rapoport JL, Hamburger SD, State RC e Mannheim GB (1992) Resposta
diferencial de sete sujeitos com autismo desordem à clomipramina e desipramina. American
Journal of Psiquiatria 149 363–6.

HOWLIN P (2004) Distúrbios psiquiátricos na idade adulta. Em: P Howlin. Autismo:
Preparando-se para a vida adulta (2ª edição) (pp270-299). Londres: Routledge.

HURLBURT RL, Happé F e Frith U (1994) Amostragem da forma de experiência em três
adultos com síndrome de Asperger. Medicina Psicológica 24 385–95.

INTERNATIONAL Conference 2005. Apresentação NAS. Disponível em:
http://www.nas.org.uk/content/1/c4/78/84/ Saturday_RichardMills.pdf (acessado em outubro
de 2007).

KONSTANTAREAS M e Hewitt T (2001) Distúrbios autísticos e esquizofrenia: sobreposições
diagnósticas. Jornal do Autismo e Distúrbios do desenvolvimento 31 19–28.

MATSON JL (Ed) (1989) Esquizofrenia crônica e autismo adulto:Questões em diagnóstico,
avaliação e tratamento psicológico.Nova York: Springer.

MCDOUGLE CJ, Kresch BA, Goodman WK, Naylor ST, Volkmar FR et al (1995) Um estudo
controlado por caso de pensamentos repetitivos ecomportamento em adultos com transtorno
autista e transtorno obsessivo-compulsivo. O American Journal of Psiquiatria 152 772–7.

MILLS R e Wing L (2005) Pesquisando Intervenções em ASD e Prioridades de pesquisa:
levantamento dos membros do NAS.

NILSSON EW, Gillberg C, Gillberg IC e Råstam M (1999) Dez anos acompanhamento da
anorexia nervosa de início adolescente: personalidade distúrbios. Jornal da Academia
Americana de Crianças e Psiquiatria do Adolescente 38 1389–95.

NYLANDER L e Gillberg C (2001) Rastreio do espectro do autismo psiquiátricos em pacientes
ambulatoriais psiquiátricos adultos: um relatório preliminar. Acta Psychiatrica Scandinavica
103 428–434.

PAXTON K e Estay I (2007) Aconselhamento de pessoas sobre o autismo Espectro: um
manual prático. Londres: Jessica Kingsley.

PERRY DW, Marston GM, Hinder SAJ, Munden AC e Roy A (2001) A fenomenologia da doença
depressiva em pessoas com dificuldade de aprendizagem e autismo. Autismo 5 265-75.

RUSSELL AJ, Mataix-Cols D, Anson M e Murphy DGM (2005) Obsessões e compulsões na
Síndrome de Asperger e altas autismo em funcionamento. British Journal of Psychiatry 186
525–8.

SHTAYERMMAN. O (2006) Um estudo exploratório da ideação suicida e comorbidades em
adolescentes e adultos jovens com Síndrome de Asperger. (Dissertação, Estados Unidos:
Fordham Universidade). Resumos da Dissertação Seção Internacional A: Humanidades e
ciências sociais 67/6-A p2323.

SPORN AL, Addington AM, Gogtay N, Ordonez AE, Gornick M e cols. (2004) Transtorno
invasivo do desenvolvimento e início da infância esquizofrenia: distúrbio comórbido ou uma
variante fenotípica de um doença de início muito precoce? Psiquiatria Biológica 55 989–94.
São Paulo, SP, Brasil.

TANTAM D (1991) Síndrome de Asperger na idade adulta. Em: U Frith (Ed) Autismo e
síndrome de Asperger (pp147-183). Cambridge: Cambridge University Press.

TANTAM D (2003) O desafio de adolescentes e adultos com Síndrome de Asperger. Clínicas
Psiquiátricas da Criança e do Adolescente de América do Norte 12 143-163.

TSAKANIKOS E, Sturmey P, Costello H, Holt G e Bouras N (2007) Tendências de referência em
serviços de saúde mental para adultos com deficiência intelectual e distúrbios do espectro do
autismo. Autismo 119-17.

VOLKMAR FR e Cohen DJ (1991) Associação comórbida de autismo e esquizofrenia. American
Journal of Psychiatry 148 1705–7.

WASHINGTON DC: Associação Americana de Psiquiatria. Volume 1 Issue 4 December 2007.

WHITE AH (2004) Terapia comportamental cognitiva em crianças com distúrbios do espectro
autista. In: Bazian Ltd (Ed) STEER: Sucinto e Revisões oportunas de evidências avaliadas 4
(5). Bazian Ltd e Instituto Wessex de Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, Universidade
de Southampton. Disponível em: http://www.signpoststeer.org/ (acessado em outubro de
2007).

WHO (1992) A Classificação da CID-10 de Mental e Comportamental Distúrbios. Genebra:
Organização Mundial da Saúde.
[1] Doutor. Psiquiatra Consultor – dificuldades de aprendizagem Kingswood CLDT – Reino
Unido.
[2] Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, Mestre
em Administração pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -UFMS, Graduado em
Administração, Serviço Social, Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Licenciatura em
Pedagogia, Licenciatura em História, MBA em Gestão de Pessoas, Pós Graduado em
Educação a Distância e Tecnologias Educacionais, Pós Graduado em Transtorno do Espectro
Autista, Pós Graduado Psicopedagogia Clinica e Institucional.
Enviado: Junho, 2020.
Aprovado: Julho, 2020.