quarta-feira, 15 de julho de 2020

Reflexões sobre o autismo e discalculia no processo de ensino e aprendizagem



André Luiz Alvarenga de Souza

professorandrealvarenga@gmail.com


Dr. h.c. em Ciências da Educação, pela University Emill Brunner, Flórida U.S.A





Introdução



O estudo aborda o tema relacionado às dificuldades de aprendizagem, especialmente, no tocante à produção de saberes na área do ensino e aprendizagem da matemática, utilizando-se das dificuldades do aprendizado em matemática por autistas com a comorbidade discalculia, utilizando-se da metodologia de revisão bibliográfica de base descritiva argumentativa.

O interesse dos estudantes, em certas disciplinas de um currículo escolar, possibilita um maior desenvolvimento dos mesmos de maneira motivada, apresentando um comportamento mais aceitável,
consequentemente, propiciando um rendimento elevado acerca de sua aprendizagem, conforme aponta Amaral (2011), isto está relacionada diretamente com a existência ou não de dificuldades de
aprendizagem. 

No entanto, por estar diretamente interligadas à aprendizagem devem ser averiguadas circunstâncias em que o estudante apresente desmotivação, com sentimentos de incapacidade, exibindo rendimento diminuído e/ou dificuldade escolar, pois tais fatores se conformam como sinais de alerta preponderantes na identificação das dificuldades de aprendizagem. As dificuldades de aprendizagem ainda são interpretadas pelo viés da anormalidade, mas a inclusão escolar desses indivíduos com essas características, são vistas sob a égide da questão da anormalidade e se constitui, ainda, como uma problemática a ser enfrentada pela educação especial e inclusiva. 

As dificuldades de aprendizagem possuem origens diversas, porém geralmente se caracterizam pelas desordens manifestadas pelas dificuldades na aquisição de habilidades tais como: a fala, a escrita e o raciocínio. 

Estudos sistemáticos sobre dificuldade na aprendizagem da matemática introduziu o termo discalculia do desenvolvimento e o caracterizou como um distúrbio que afeta as habilidades matemáticas, causado, provavelmente, por uma deficiência específica das funções cerebrais, Wilson AJ, Revkin SK, Cohen D, Cohen L, Dehaene S (2006;2:20). 

Esta nomenclatura constituiu um foco para a atenção de pesquisadores, que o denominavam dificuldade de aprendizagem da aritmética, dificuldades específicas de aritmética ou ainda dificuldade de aprendizagem específica da aritmética. Essa variedade de terminologias era agravada pelas diferenças nos critérios de atribuição a categorias e consequente diagnósticos (DIAS, PEREIRA e BORSEL,2013).

Sendo assim, a discalculia é uma dificuldade de aprendizagem que contribui para o expressivo surgimento de barreiras neste campo de ensino (SANCHES, 2004).

Geralmente, a pessoa que possui discalculia exibem problemas com:

[...] tabuadas, sequência numéricas, dificuldades em distribuir os números em folha de papel, dificuldade em fazer soma, subtração, dividir e multiplicar, bloqueio em memorizar cálculos e fórmulas, dificuldade em distinguir os símbolos matemáticos, dificuldade em compreender os termos utilizados (PERETZ, et al; , 2013, p. 1).

As dificuldades da matemática podem também estar vinculadas até mesmo ao professor quando este não instiga suas habilidades prévias e, portanto ocasionam dificuldades no processo de aprendizagem desses estudantes.

Entre outros fatores, a relevância de aprofundar a temática em que oportuniza analisar as causas associadas às dificuldades de aprendizagem corrobora para que professores sintam-se informados e preparados para lidarem com estudantes com discalculia, proporcionando momentos que sejam prazerosos no contexto educativo a esses estudantes.

Constituindo, portanto, da aproximação e do incentivo constante do professor para com o estudante com dificuldades de aprendizagem e/o discalculia um fator essencial para superação dos problemas de aprendizagem na disciplina de matemática. Estes sinais de dificuldade de aprendizagem dos estudantes devem ser observados e estudados, a fim de verificar quais as situações que mais proporcionam tais fatores de riscos, procurando nortear os docentes por meio de estudos eficientes, associando estudos bibliográficos e de campo, fomentando uma melhor preparação dos profissionais para tais ocasiões.

Se faz preponderante salientar que professores que trabalham com o processo de aprendizagem de estudantes com dificuldades de aprendizagem, necessitam de uma formação continuada eficaz. A formação continuada tem muito a oferecer nesse processo, porque ajuda o professor a melhorar cada vez mais suas práticas pedagógicas e com isso apoiar os alunos na construção de conhecimentos, e não apenas no acúmulo de informações, França (2018).

Cabe demonstrar dentro deste estudo o ranking do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), divulgado em 2016, que é uma referência mundial quando o assunto é avaliação educacional e que nos dá um panorama da qualidade da educação brasileira bem como a questão das dificuldades de aprendizagem dos alunos brasileiros participantes deste estudo. Na última edição, a pesquisa analisou 70 países, incluindo o Brasil, destes, 35 eram membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O Brasil participou desta avaliação com 841 escolas e 23.141 estudantes de todas as unidades da Federação e no terceiro trimestre de 2016, os resultados foram divulgados, tendo o Brasil ocupado a colocação de 59º lugar em leitura, 63º em ciências e 65º em matemática. Quando fazemos a leitura da posição na disciplina de matemática, podemos observar que os problemas vão muito mais além do que a discalculia, tema central deste estudo.

Os dados apontam que o Brasil está muito aquém das grandes potências educacionais, como Cingapura, China e Finlândia. O ensino de matemática neste contexto não esgota o debate sob o enfoque deste estudo em tela, demonstra que a discalculia precisa ser revista nos contextos escolares e também a formação dos professores que transmitem o conhecimento matemático.

Dificuldades da aprendizagem 

O ensino fundamental, particularmente, é uma das principais fases, onde os estudantes estão em constante evolução, aprendendo novas maneiras de atuação, considerando-se, também, a sua posição
em vínculos afetivos com colegas, constituindo-se tais fatos como produtores de impacto e nem sempre realizados de forma facilitada.

Por outro lado, são necessárias essas constantes transformações na vida estudantil, que através das múltiplas maneiras de lidar com as adversidades, proporciona-se ao estudante uma melhor possibilidade de afrontamento a possíveis obstáculos, no decorrer da vida escolar.

Com isso, a aprendizagem perpassa todos os processos de desenvolvimento dos seres humanos, de modo que se aprende não apenas nas escolas, mas em todas e quaisquer situações cotidianas da vida. O aprender, segundo Fonseca (2015) nada mais é que uma experiência ou prática, possibilitada, principalmente, por meio das interações individuais e coletivas com o ambiente, que se constitui como item necessário e universal, atuando no desenrolar de funções psicológicas e culturais, além das humanas sendo que determinados indivíduos aprendem mais rapidamente que outros com mais ou
menos dificuldades. Szymanski (2012) evidencia que ‘dificuldades’, ‘distúrbios’ e ‘dificuldades de aprendizagem’ são alguns dos nomes que se apresentam, tanto na literatura científica quando no cotidiano escolar, para caracterizar as desordens manifestadas pelas dificuldades na aquisição de habilidades, como: a fala, a escrita, o raciocínio e, que inclui a capacidade matemática. Magalhães (2002, p.13) afirma existirem inúmeros fatores possíveis causadores de problemas ou distúrbios arrolados com a aprendizagem, dentre eles pode-se destacar os fatores orgânicos e os fatores ambientais: 

Fatores orgânicos: saúde física deficiente, falta de integridade neurológica. (sistema nervoso doentio), alimentação inadequada, etc. Fatores psicológicos: inibição, fantasia, ansiedade, angústia, inadequação à realidade, sentimento generalizado de rejeição, etc. Fatores ambientais: o tipo de educação familiar, o grau de estimulação que a criança recebeu desde os primeiros dias de vida, a influência dos meios de comunicação, etc. (MAGALHÃES. 2002 p. 13).

Complementando isto Souza (2013) salienta que as barreiras das aprendizagens educacionais não devem ser desvinculadas do objeto a aprender, uma vez que os obstáculos são fundamentados na existência de algo a ser aprendido caso não ocorra à aprendizagem. A dificuldade de aprendizagem nada mais é que uma disfunção significativa, afetando a compreensão de escuta, pronúncia, escrita e raciocínio lógico, apresentando-se em um grupo de indivíduos, de maneira heterogênea. Tais desorganizações em alguns casos são causadas por fatores intrínsecos ao sujeito, surgindo, provavelmente, de uma disfunção do Sistema Nervoso Central, perdurando, em alguns casos, no decorrer da vida da pessoa afetada (GOMES, 2010).

Silva et al. (2012) afirmam que, em estudos sobre esta temática, observa-se que as dificuldades relacionadas à aprendizagem envolvem um misto de fatores, não estando somente interligados a causas comportamentais. E uma vez que esses fatores interfiram na atuação do estudante, concomitantemente ao seu desenvolvimento sem que haja medidas eficientes para melhorar tais situações, as mesmas podem acabar prejudicando os estudantes, ocasionando problemas de ordem psicológica, ambiental ou orgânica, degradando a aquisição de conhecimentos, podendo até desmotivá-lo quanto ao processo de aprendizagem em si.

Amaral (2011) destaca que está sendo difundida incorretamente a expressão ‘dificuldade de aprendizagem’ por meio da qual, tanto pais quanto professores, referem-se à desatenção do estudante em sala de aula e, até mesmo, aos comportamentos de desobediência. No entanto, uma vez que se aprofundam mais nos saberes, percebe-se que esse não corresponde a um termo correto.  O autor define, ainda, que muitos consideram o ser humano como centrado apenas em ‘cabeça’, ‘na mente’, esquecendo-se de ponderar sobre a relevância presente no corpo em si, nas emoções e sentimentos, constituindo-se isso como um total equívoco. 

O mesmo Amaral (2011) assegura que as dificuldades na aprendizagem são consequências de disfunções que afetam o desempenho educacional do estudante, sendo de origens intelectuais, sentimentais ou neurológicas, interferindo negativamente em um ou mais sistemas psicológicos básicos, interligando a distinção da compreensão ou linguagem falada e escrita, onde se apresentam
dificuldades na escuta, na maneira de pensar, ler, discorrer, pronunciar ou em realizar cálculos exatos.
Pelo motivo de haver dificuldade em identificar e diagnosticar os estudantes que têm dificuldades de aprendizagem e distingui-los dos que têm tão somente distúrbios de aprendizagem, consensos têm sido inteiramente fundamentados em informações baseado na experiência no campo escolar segundo é ressaltado por Santos e Pereira (2015) quando expõe: 

Devido à dificuldade de se definir distúrbios de aprendizagem, as maiores partes dos levantamentos de prevalência baseiam-se em estimativas ou mesmo em “adivinhações” que se originam apenas em informações empíricas. A maior parte dos estudos que têm sido feitos sobre a prevalência de estudantes com distúrbios de aprendizagem tendem a incluir estudantes educacionalmente deficientes, bem como estudantes com distúrbios de aprendizagem que requerem métodos especiais de ensino para o seu desenvolvimento (SANTOS e PEREIRA, 2015. p. 373-374). 

Neste argumento, os processos cognitivos superiores são essencialmente humanos, englobando raciocínios, planejamentos e propósitos em seu desempenho comportamental, com isso, permitindo a ampliação da influência mútua propositada das pessoas, que absorve o que lhes é comunicado por meio do objeto da ciência e pesquisa. 

Os autores Santos e Pereira (2015), mencionados anteriormente se referem ainda que a motivação, um dos elos da aprendizagem, é caracterizada em cada sujeito, especifica e com certas atitudes, expondo o comportamento de aprender. É essencial averiguar as desordens dos educandos, sobretudo, as ocasionadas no desenvolvimento neurológico, pois tais medidas auxiliam na identificação do causador de retardamentos, propiciando uma maior oportunidade de correção e intervenções adequadas, assegurando aos estudantes uma melhor qualidade de ensino e vida (CAÇOLA; BOBBIO,
2010; MIRANDA; BELTRAME; CARDOSO, 2011). 

Dentro desse contexto, fazer um levantamento do que tem sido produzido em conhecimento científico sobre as dificuldades de aprendizagem, possibilita questionar os rumos que têm sido ofertados a essa questão, pensando outras formas de intervenção que não se pautem em medidas de exclusão, mas inclusão do estudante que apresenta tais dificuldades. 

É fato que, hoje em dia, existem poucas pesquisas sobre a discalculia, quando comparadas às pesquisas sobre dislexia e outros distúrbios, pessoas que sofrem de discalculia podem ser altamente dotadas intelectualmente e bem sucedidas em campos que não dependem das habilidades numéricas, (DIAS, PEREIRA, VAN BORSEL, 2013).

Discalculia

Descreveu Sabião (2018) que a discalculia é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. Essa dificuldade de aprendizagem não é causada por deficiência mental, má escolarização, dificuldades visuais ou problemas auditivos, e não tem nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência. Segue Sabião (2018) descrevendo que estudantes com discalculia possuem grande dificuldade de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros.

As dificuldades matemáticas configuram-se como uma das maiores dificuldades existentes na área escolar. 

Compreende-se que são as dificuldades conceituais recorrentes à Matemática inteiramente relacionadas aos problemas manifestados desde os primeiros anos do Ensino Fundamental, tornando-se uma problemática complexa com lacunas conceituais que podem se manifestar na discalculia em diversas formas como, a falta de raciocínio lógico matemático, o que implica inicialmente na dificuldade em resolver problemas que consideram as operações básicas e posteriormente se estendendo para conceitos que envolvem maior nível de abstração e generalização de algoritmos; nesse pensar Sanchez (2004) destaca ainda que dificuldades específicas na matemática podem ser decorrentes de problemas linguísticos que se manifestam na Matemática, problemas de atenção e de memória, bem como de dificuldades originadas no ensino inadequado ou insuficiente, que se configuram em agravantes para essa problemática. 

Esta objeção encontra-se ligada a numerações e cálculos.

Conforme Amaral (2011), geralmente, os estudantes que possuem a discalculia não reconhecem os sinais das operações algébricas, não sabendo como utilizá-los, muito menos como se enunciam os
problemas matemáticos. 

Com isso, não quantificam nem comparam, não possuindo um mínimo de noção das sequências numéricas (SALES, 2014).

Vale salientar, ainda, que para as pessoas que sofrem com essa dificuldade, a vida cotidiana também é interferida, pois a matemática se torna uma língua estranha, desconhecida, um alfabeto em desordem. 

Além disso, os estudantes afetados apresentam danos em suas habilidades sociais, no domínio cognitivo algébrico, aparentando, em alguns casos, uma imperfeição e instabilidade emocional, mas esses fatores não são paradigmas para rotular esses estudantes com inteligência abaixo da média, ocasionalmente, podendo surgir gênios em outras áreas, mesmo com esta dificuldade (CONSENZA, 2011). 

É essencial destacar que essa dificuldade não é ocasionada pela escassez de habilidades matemáticas, uma vez que muitos se empenham e não obtêm êxito na superação desse obstáculo. Os fatores de riscos para discalculia ainda possui mais necessidade de estudos principalmente no Brasil. Alguns autores supõem que sua causa esteja associada a disfunções de processos algébricos e em regiões cerebrais específicas desse processamento, porém, sabe-se que não é resultante de ensinamentos inadequados ou de retardos mentais (SALES, 2014).

Uma classificação apresentada nos estudos de Kosc (1974) engloba seis tipos de discalculia, afirmando que essas discalculias podem se manifestar sob diferentes combinações e unidas a outras
dificuldades de aprendizagem, como é o caso, por exemplo, de estudantes com dislexia ou dificuldade de concentração e atenção e hiperatividade. Estes subtipos dividem-se em:

Discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades matemáticas, os números, os termos e os símbolos; Discalculia practognóstica: dificuldades para enumerar, comparar, manipular objetos reais ou em imagens; Discalculia léxica: dificuldades na leitura de símbolos matemáticos; Discalculia gráfica: dificuldades na escrita de símbolos matemáticos; Discalculia ideognóstica: dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos; e Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos. 

É importante salientar que a discalculia pode manifestar-se em estudantes aparentemente inteligentes, potencialmente dotados de capacidades em diversas áreas do conhecimento. No entanto, o estudante com discalculia poderá aumentar todas as habilidades cognitivas imprescindíveis nas demais disciplinas escolares, mas possuir certa deficiência na matemática. 

De acordo Garcia (1998), a discalculia é uma dificuldade de aprendizagem evolutiva, não é causada por nenhuma deficiência mental, auditivas e nem pela má escolarização. Os estudantes que exibem esse tipo de dificuldade verdadeiramente não assimilam o que lhes são solicitados nos problemas matemáticos propostos pelos professores. A criança, adolescente ou jovem não se interessa pela atividade pelo simples fato de não compreendê-la. “A discalculia apresenta-se como uma imaturidade das funções neurológicas ou uma disfunção sem lesão” (BOMBONATTO, 2006. p.1).

Encontra-se na discalculia uma relação muito grande com a dislexia e disgrafia (problemas para formar símbolos) bem como em indivíduos com Autismo. Algumas características podem ser percebidas nos disléxicos, entre elas chama a atenção a que uma criança pode ser discálculo e também disléxico e autista. 

A discalculia afeta a socialização do estudante e o distancia de suas amizades, uma vez que possui dificuldades de se expor, de se expressar, geralmente possuem personalidade tímida, não são organizados, se mostram impulsivos e ou deprimidos e tais características contribuem para o diagnóstico e sua exclusão social involuntária.

Se considerarmos a dinâmica com que se faz o diagnóstico, não só da discalculia, mas dos distúrbios de aprendizado em geral, não existe um consenso ou padronização sobre parâmetros ou recursos de
identificação. O que se verifica, entretanto, é que, na maior parte desses estudos, a identificação se baseou em alguma forma de avaliação do professor, o que torna bastante pertinente levar-se em conta a capacidade desse profissional de julgar corretamente os sinais apresentados por seus estudantes (DIAS, PEREIRA, VAN BORSEL, 2013).

As difusões de informações relativas a essa dificuldade estão sendo divulgadas no Brasil de maneira lenta. Desse modo, muitos educadores não conseguem identificar, ainda, os estudantes que apresentam tal dificuldade dos que as não possuem. Além de que, essa disfunção pode se manifestar de forma tão sutil que, em alguns casos, é difícil diagnosticá-los nos primeiros anos do ciclo escolar (SALES, 2014).

Portanto, cabe aos profissionais da área de educação observar a aprendizagem desses estudantes, pois quando realizada essa por intermédio de uma rede interdisciplinar de equipes competentes e engajados, torna-se mais eficiente, proporcionando o apoio necessário ao educando. 

Há uma série de profissionais que estão habilitados a realizar ssas avaliações nas quais expõem as necessidades de enfrentamento dessa problemática passível, revelando diversas situações em que apresentam as desordens em diferentes áreas, oportunizando intervenções adequadas, buscando não apenas a normalidade dos sujeitos, mas sim os aproximando da faixa de currículo comum adaptado e flexível para todos, considerando sempre sua singularidade como características próprias dos mesmos.

Adequação do aluno e os desafios de enfrentamento Depreende-se que a adequação do aluno com deficiência intelectual, lide autismo, na escola se constitui como um fator de extrema importância para ele e seus pais e, nesse sentido, a contribuição de um professor mediador para o desenvolvimento emocional do educando é crucial para o desenvolvimento de todas as suas potencialidades enquanto ser humanos. O trabalho desse profissional diante da criança com tal deficiência vem de um aspecto bastante importante, que é a motivação. Trata-se de um processo de estímulo ao indivíduo para que uma determinada meta seja atingida, isto é, uma pessoa motivada tende a produzir mais, pois, de alguma forma, ela encontra satisfação na atividade que realiza.

Além do aumento de produção, um aluno com autismo que seja bem assistido tem seu número de faltas consideravelmente diminuídas, pois os pais são seus maiores incentivadores, apresentando pouca propensão de desinteresse. retende-se, então alicerçar os pilares do conhecimento acerca da temática proposta assegurando a importância da mediação e dos aspectos emocionais nos processos de ensino e aprendizagem entre os pais de alunos com autismo na perspectiva histórico cultural, sob a perspectiva de Lev Vygotsky. É nesse sentido que entrará o papel do professor como mediador, o dos pais como incentivadores e potencionalizadores para que as capacidades desses alunos de acordo com suas habilidades adquiridas possam se desenvolver em sua plenitude de direitos e deveres.

Autismo e a questão educacional

O autismo é um transtorno global do desenvolvimento infantil que se manifesta na primeira infância e se prolonga por toda a vida. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70 milhões
de pessoas no mundo são acometidas pelo transtorno, sendo que, em crianças, é mais comum que o câncer, a Áids e o diabetes. Caracteriza se por um conjunto de sintomas que afeta as áreas da socialização, comunicação e do comportamento, e, dentre elas, a mais comprometida é a inte-raçao social (SILVA, GAIATO e REVELES, 2012).

O autismo se caracteriza pela presença de um desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social e comunicação, assim como pelo repertório marcadamente restrito de atividades e interesses (GAUDERER, 2005). Os sintomas são na maioria dos casos muito graves e se apresentam tais como: gestos repetitivos, autodestruição, e às vezes até comportamentos agressivos, a fala e linguagem podem se apresentar de forma atrasada ou até ausentes, habilidades físicas reduzidas e um relacionamento anormal frente a objetos, eventos ou pessoas (GAUDERER, 2005). Silva, Gaiato e Reveles (2012) descrevem que a linguagem constituem os primeiros sinais de que o desenvolvimento de uma criança não está conforme o esperado e podem sugerir um funcionamento autístico. Assim como nas questões relacionadas à socialização, nos deparamos, aqui, com um espectro de alterações. Algumas crianças com autismo podem ter um excelente desenvolvimento da linguagem falada e, por vezes, emitem palavras perfeitinhas. As funções executivas se referem a um conjunto de habilidades que possibilitam ao indivíduo escolher ou se fixar em estratégias, resolver problemas e automonitorar seus comportamentos. Ao discutir o sobre autismo, Kanner (1943) citado por Baptista, Bosa & Colaboradores ( 2007) reconhece semelhanças entre a sua síndrome e a esquizofrenia infantil, mas defende a ideia de que deveria ser separada da mesma, definindo-a claramente como psicose em diferentes dos seus trabalhos públicados nas décadas de 1960 e 1970. Segundo Baptista, Bosa e Colaboradores (2007) as crianças com autismo têm dificuldade de planejar tarefas, de inibir respostas
irrelevantes, de controlar suas ações e de encontrar estratégias diferentes para resolver problemas, em vez disso, permanecem com os mesmos recursos ainda que eles não estejam funcionando. Assim, ele parte do pressuposto de que este quadro se caracteriza por autismo extremo, obsessivo, estereotipias e ecolalia. No estudo do comportamento da pessoa autista, durante muito tempo prevaleceu à noção de pessoas com autismo como sendo alheias ao mundo ao redor, não tolerando o contato físico, não fixando o olhar nas pessoas e interessando-se mais por objetos do que por outras pessoas ou, ainda, nem mesmo discriminando seus pais de um estranho na rua. A mídia e a literatura debruçaram-se sobre a imagem, do ‘gênio’ disfarçado, engajado em balanços do corpo e agitação repetitiva dos braços (BAPTISTA, BOSA e COLABORADORES, 2007). A troca de conhecimento propiciada pelo avanço da pesquisa e da facilidade de comunicação entre pesquisadores do mundo inteiro auxiliou a
transformar esse quadro. Segundo Baptista, Bosa & Colaboradores (2007, p. 178 ss):

[...] No que se refere ao comportamento social, à linguagem e à comunicação, não é difícil fazer sentido teórico desse achado estatístico, já que a linguagem abarca as outras duas áreas, de maneira que, sob o ponto de vista da interação social (comprometimento básico no autismo), fica difícil conceber a interação sem estar falando-se, ao mesmo tempo, em linguagem e comunicação (verbal ou gestual, pelo olhar, etc.).

Mostrar que a escola pode ser, de fato, um espaço de desenvolvimento da competência social para crianças autistas é ainda um grande desafio para os pesquisadores desta área, mas com muito estudo e aprofundamento no tema, pode-se chegar a algumas considerações importantes no tocante a pessoas enquadradas no espectro autista.

O professor de Matemática e o processo de ensino da Matemática no contexto da discalculia

As intervenções a desenvolver com estes estudantes são fundadas em análises adequadas dos casos de cada situação que englobam as dificuldades de aprendizagem; após descobertas as problemáticas, são possíveis à realização das estratégias apropriadas.  

Portanto, diante da exposição das diversas caracterizações referentes a dificuldades na aprendizagem, é factível a apresentação do envolvimento dos profissionais das áreas dos saberes psicológicos, psiquiátricos e psicopedagogos, abordando sobre as condutas estratégicas desenvolvidas para minimizar esses impactos sociais em sujeitos afetados (TEIXEIRA; ALLIPRANDINI, 2013). A elucidação satisfatória dessas problemáticas relacionadas ao desenvolvimento proporcionam intervenções congruentes, quando realizadas por profissionais competentes e quando pertinentes a cada situação Neste sentindo, serão abordadas, a seguir, as principais disfunções da aprendizagem (DUTRA, 2013).

Para que o professor consiga detectar a discalculia em um estudante é imprescindível que ele esteja atento à trajetória da aprendizagem desse estudante, principalmente quando ele apresentar símbolos matemáticos malformados, demonstrar incapacidade de operar com quantidades numéricas, não reconhecer os sinais das operações, apresentar dificuldades na leitura de números e não conseguir localizar espacialmente a multiplicação e a divisão.

Caso a dificuldade não seja reconhecida a tempo, pode comprometer o desenvolvimento escolar do estudante, que com medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem adota comportamentos inadequados, tornando-se, agressivo, apático ou desinteressado (DUTRA, 2013).

Estudos sobre a formação dos professores, Gomes (2006), contribuem para o prosseguimento dessas discussões sobre o conhecimento matemático desses profissionais da educação, outros autores que apesar das pesquisas, indicam que o ensino da matemática nos anos de ensino fundamental ainda é uma área que merece muita atenção. Na área de educação matemática, pesquisas revelam que os cursos como o de Pedagogia recebem pouco investimento na formação matemática dos futuros professores, sendo esta parte formativa abordada de forma rasa em alguns casos.

A pouca atenção que é dada aos conteúdos que são ensinados já que o foco nos cursos de licenciatura está tão somente em como ensinar. Ao considerar o ensino e a aprendizagem da matemática percebe-se que ainda existe o conservadorismo e isto colabora para que haja uma distância entre o conhecimento teórico e a prática no cotidiano dos estudantes (GOMES, 2006). 

O assunto aprendizagem na disciplina de matemática é relevante, pois abrange diversas áreas do conhecimento, têm dado as mãos para tentar entender e melhor explicar como se dá o processo de aprendizagem no ser humano, como também explicar a origem das dificuldades de aprendizagem no campo da matemática (BARBOSA, 2014).
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Uma das indagações pertinentes a este tema é porque cresce cada vez mais o número de estudantes com dificuldades na matemática no Ensino Fundamental? Considerando que a aprendizagem é fator de aprimoramento da espécie humana, portanto é um processo contínuo, a proposta não é trazer nem um método, mesmo porque seria contraditório, mas propor uma séria discussão e reflexão a respeito da importância na educação de ensino fundamental para incentivar os estudantes a aprender matemática (SILVA et al., 2012). 

A preocupação primordial na formação de educadores é a construção da reflexão crítica sobre a realidade na qual atuam e que se faz na relação teoria e prática. Neste contexto é preciso voltar o olhar de forma crítica e reflexiva, compreendendo que para enfrentar os desafios da educação é preciso de acordo com Lins,

[...] a prática da reflexão sobre a prática vivida e concebida teoricamente, são abertas perspectivas de futuro proporcionadas pela postura crítica mais ampliada, que permitem perceber os problemas que permeiam as atividades e as fragilidades da prática (LINS, 2010. p. 27).

As transformações das práticas docentes só se efetivarão se o professor ampliar sua consciência sobre a própria prática e produzir novos conhecimentos para a teoria e a prática de ensinar. Ressalta Lins (2010) que a motivação dos estudantes se apresenta como um desafio para os professores, uma vez que tem que criar estratégias para que os estudantes internalizem os conceitos que lhes serão transmitidos. 

Nesta direção, as atividades realizadas em sala de aula devem objetivar também o desenvolvimento de habilidades dos estudantes no seu cotidiano diário. É sabido que a matemática está inserida na sociedade, e a partir disso o professor poderá desenvolver estratégias que beneficie estímulo á aprendizagem da matemática ao estudante, conscientizá-lo de que a matemática faz parte da sua vida e que a partir desse saber os estudantes poderão tirar proveito de situações benéficas a eles nos comparativos diários que podem formular através de vivencias próprias. Discutir o ensino de Matemática ainda é um desafio, há muitas abordagens sobre a formação docente e as lacunas na formação matemática desses profissionais, SANTOS (2013).

Ainda diante o ensino de matemática por parte dos professores ao seu alunado, cabe pontuar que

[...] o ensino de Matemática, assim como a maioria das disciplinas em um ambiente escolar, já passou por transformações ao transcorrer do tempo. Por isso cada vez mais se discute a necessidade de contextualizar o ensino do cálculo, da disciplina e aproximá-lo dos alunos, pois, exceto por alguns problemas cotidianos como compras, pagamento e troco, na maioria das vezes, a Matemática continua sendo tratada de modo totalmente afastado do espaço escolar, e, portanto, dos alunos. Neste processo há que se rever a maneira como o ensino desta disciplina é transmitido aos alunos e como isto é visto por eles. SANTOS (2013).

Logo é imprescindível que professores comprometidos com a educação tenham subsídios e informações acerca dessa problemática relacionada á discalculia e a qualidade de formação do docente e, pesquisem, deixem a sua zona de conforto, para realizar seu trabalho com competência e segurança necessárias para conquistar a qualidade da educação tão esperada por parte da sociedade, VILLAR (2017).

Considerações finais

A discalculia é um distúrbio provavelmente tão frequente como outros distúrbios de aprendizagem e associado ao Autismo, pode ser ainda mais difícil a compreensão do aluno neste contexto e que vem recebendo mais atenção atualmente. Os professores, teoricamente, são os profissionais que podem colaborar com a identificação precoce e realizar as intervenções educacionais necessárias. O estudo, no entanto, mostra que o tema não é suficientemente abordado na formação dos professores e que estes ainda que não têm domínio suficiente sobre as suas características, sentindo-se inseguros para lidar com os diferentes distúrbios apresentados por cada aluno.

Deve ser dada atenção individualizada a cada estudante sempre que possível, é necessário à realização de contatos particulares com cada estudante, pois cada estudante necessita em específico de um olhar diferenciado e dedicação do professor de maneira particular a suprir a sua necessidade de aprendizagem potencializando suas perspectivas no processo do aprendizado, trazendo realmente o aluno para a aprendizagem de forma que seja prazeroso aprender matemática.

Assim, entre outras ideias pertinentes que os professores poderiam usar para que em seu dia a dia na tarefa de ensinar matemática pudessem obter maiores resultados, estaria o estímulo no ambiente escolar com os materiais, diversidade de atividades, quanto maior o foco de atenção dos estudantes para a disciplina, melhor será o desempenho dos mesmos, utilizando-se para tanto algumas opções de atividades tais como Quebra-cabeça, jogos de damas adivinhação matemática, etc.

É preponderante dizer sobre também as inteligências múltiplas que os Autistas possuem, sendo assim se bem explorados podem se sair muito bem. Além disso, a discalculia nem sempre está relacionada com aspectos matemáticos e cálculos simples ou complexos, pois os estudantes também podem ter problemas com as atividades cotidianas ou jogos comuns. Cabe ao professor ter todo o cuidado no direcionamento dessa rotina, para que ela não venha a reforçar valores autoritários, os quais provocariam um distanciamento na relação entre professor e estudante, dificultando todo o processo emocional e de aprendizagem e também a dificuldade da percepção de complicações por parte do professor em relação ao estudante ter a discalculia como uma comorbidade do Autismo. Contudo, apresenta se a necessidade de maiores estudos a respeito da discalculia como uma comorbidade do Autismo e processos que viabilizem a aprendizagem dos estudantes identificados com tal diagnóstico,
potencializando seus saberes e os estimulando-os de outras formas de saberes.


Referências

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